Categoria: psiquiatria

11 de maio de 2016

Todos nós temos ouvido falar dos “terríveis dois anos”. Muitos pais com bebês pequenos se perguntam como irão agir quando seu bebê chegar ao segundo aniversário, e principalmente depois, quando chegar ao, infelizmente difamado, “terríveis dois”. Mas a boa notícia é que os pequenos dessa faixa etária estão trabalhando para alcançar alguns marcos importantes no seu desenvolvimento. Se pudermos compreendê-los e facilitar para eles, poderemos ajudar a estabelecer as bases para uma infância feliz e para adultos autoconfiantes.

O QUE SEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO

Acredite ou não, uma das habilidades mais importantes em que uma criança de dois anos está trabalhando é a capacidade de dizer “não”! Até este momento, ela tinha sido quase totalmente dependente de sua mãe, ou de outros adultos que cuidavam dela. Então, de repente, ela descobriu que é separada da mãe. Ela percebe que pode realmente afirmar-se e ter uma vontade própria, e seu cronograma de desenvolvimento a empurra incansavelmente nessa direção.

Por isso, é muito importante para a criança que está dominando esta lição ter permissão para dizer “não”. Saber que ela pode dizer “não” se um estranho quiser fazer algo para ela que não a faz se sentir bem, é capacitar e protegê-la de um possível abuso sexual. Isso também irá ajudá-la a se tornar uma pessoa assertiva positivamente quando adulta.

Porém, muitas vezes a criança tem um monte de sentimentos confusos sobre sua nova capacidade de se afirmar. Parte dela quer se tornar independente e tomar suas próprias decisões, enquanto outra parte ainda quer ser dependente da mamãe e não quer desagradá-la de maneira nenhuma.

Se entendermos que as crianças pequenas são basicamente pequenos seres sociais que querem agradar seus pais, adquirimos uma boa base a partir da qual começar. Os problemas surgem quando há um choque entre o que agrada aos pais, e as tarefas de desenvolvimento nas quais a criança está trabalhando. Então ajuda muito entender como o cérebro da criança está funcionando neste momento, pois assim podemos ter uma ideia do quanto ela pode entender do que dizemos ou fazemos.

COMO O CÉREBRO DO SEU FILHO FUNCIONA

Com os bebês, o mais importante é atender suas necessidades básicas – como ser carregado, embalado, alimentado e amado, e o brincar de uma forma física. Isso ocorre porque as partes do cérebro do “sentimento” e do “pensar” ainda não estão totalmente desenvolvidas. No momento em que a criança tem dois anos de idade, a parte do cérebro do sentimento (o cérebro médio) já está mais desenvolvida, e a criança é literalmente inundada de sentimentos e emoções – de fato, durante este período, ela “é” seus sentimentos.

Crianças pequenas são diferentes de crianças mais velhas e de adultos. Nos adultos, a parte superior do nosso cérebro está totalmente desenvolvida, de modo que podemos “pensar” sobre nossos sentimentos e, se necessário, colocá-los de lado e expressá-los mais tarde. Aos dois anos de idade, a criança não pode fazer isso ainda – tudo o que elas podem fazer é expressar os sentimentos como eles ocorrem. Quando estão felizes, elas vão rir espontaneamente, quando estão tristes elas vão chorar, e quando elas estão frustradas ou chateadas, irão ter ataques de fúria. Estes comportamentos são todos saudáveis para crianças, incluindo, acredite ou não, as birras.

A primeira indicação que os pais podem obter de que a criança chegou a esta fase, é quando ela diz “não” a quase tudo, e fica chateada se você diz “não” a qualquer coisa! Se seus ‘nãos’ não são permitidos, ou se ela recebe um monte de ‘nãos’ de você, ela pode começar a chorar. Essa situação pode facilmente transformar-se em uma batalha entre pai e filho, e pode acabar em um acesso de raiva explosivo. Isso pode levar os pais ao limite se eles não compreenderem o que está acontecendo. Eles podem não querer ser excessivamente rigorosos, mas temem estar sendo permissivos e acabarem criando uma criança irresponsável.

O que temos de ser capazes de fazer é limitar o “comportamento” quando necessário, mas sempre permitir e aceitar os “sentimentos”.

ENTENDENDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO

Porque seu filho necessita dessa permissão para dizer “não” e de ter seus sentimentos aceitos, é importante deixar que isso ocorra tão frequentemente quanto possível – em outras palavras, escolha suas batalhas, e guarde os “nãos” apenas para questões muito importantes. Além disso, existem muitas áreas da vida em que somos mais experientes e mais sábios, e temos que dizer não por razões práticas ou de segurança. Nesses momentos, ajuda a entender o que acontecerá em seguida: provavelmente ele vai ficar aborrecido e começar a chorar. Isso é um comportamento normal para uma criança diante de uma grande decepção. Ele não cresceu o suficiente para entender porque ele não pode correr para a estrada, ou comer o pacote de doces no supermercado, ou brincar com objetos perigosos. Ele só sente como é receber um “não” por algo que realmente quer fazer.

Como o cérebro “pensante” do seu filho ainda não está desenvolvido, não adianta dialogar com ele neste momento. Na verdade, ele provavelmente irá ficar frenético se você tentar, porque ele não vai se sentir ouvido ou compreendido. Quando temos que dizer “não”, e cumpri-lo, o que a criança mais precisa é que nós possamos ajudá-la a processar seus sentimentos de decepção e frustração, que inevitavelmente resultarão. Isso pode se transformar em uma experiência de crescimento para o pai e para a criança.

A primeira coisa que precisamos nessa situação é ter empatia. Se pudermos pensar em como nos sentiríamos se quiséssemos muito fazer algo mas alguém nos disse ‘não’, então estamos no nível dela e podemos ajudá-la com seus sentimentos. Se a criança chora ou faz uma birra, nos ajuda entender que esta é a válvula de segurança que seu corpo possui para descarregar seus sentimentos de frustração, e que é importante deixá-la fazer isso. Mais tarde, quando seu cérebro estiver mais desenvolvido, ela será capaz de controlar seus sentimentos e escolher quando e como expressá-los. Mas ela não pode fazer isso ainda. Sendo assim, a criança pode acabar dividida entre a necessidade de seu corpo descarregar os sentimentos frustrados e seu medo de fazer a mamãe ficar com raiva se ela expressá-los. Ela também pode sentir-se sobrecarregada pela força de seus próprios sentimentos, e precisar de alguma contenção para ajudá-la a se sentir segura.

O QUE FAZER DURANTE UM ATAQUE DE BIRRA

Existem algumas regras básicas que podemos utilizar para ajudar e apoiar uma criança chorando ou fazendo birra. Precisamos permitir que a criança expresse dor, raivas e outros sentimentos, e não temos que reprimi-los (o que pode levar a tensão do corpo e doenças relacionadas ao estresse mais tarde). Mas ela também precisa aprender que não pode machucar outras pessoas no processo. Não devemos permitir que uma criança, num ataque de birra, puxe nosso cabelo, nos morda, bata ou chute. Às vezes, a criança precisa ser fisicamente contida, mas ao mesmo tempo ela precisa ter liberdade de movimento. Portanto, se precisamos segurar a criança, é melhor segurá-la com firmeza ao redor do tronco, com as costas contra o nosso corpo, para que ela possa se agitar e chorar, mas não nos ferir. Se a criança estiver no chão, tudo o que precisamos fazer é ter certeza de que não existem superfícies duras ou outros objetos que possam feri-la nas proximidades.

Quando estabelecemos limites de maneira firme e saudável, as crianças aprendem que estão seguras. Quando nós respeitamos seus limites e somos compassivos para com os seus sentimentos, elas crescem aprendendo a ter respeito e compaixão pelos outros.

Porque ela está totalmente dominada por seu conflito interior, a primeira coisa que uma criança frustrada precisa, é a liberdade de chorar ou expressar quaisquer emoções que ela esteja sentindo. Até que isso aconteça, ela não será capaz de ouvir qualquer coisa que possamos querer comunicar a ela. Nós podemos ajudar, ficando nas proximidades ou, ocasionalmente, dizendo suavemente palavras simples como “está tudo bem, está tudo bem”, “já vai passar” para tranquiliza-la. Tudo o que ela precisa de nós é a presença amorosa.

Quando o choro começar a diminuir, ela provavelmente terá alcançado algum nível de resolução. Então, podemos validar seus sentimentos para que ela saiba que nós entendemos como ela se sente, que na verdade é o que ela está desesperadamente tentando fazer. Podemos dizer algo como: “Sei que você está se sentindo chateada. Você queria o pacote de doces, e mamãe disse ‘não’ “. É melhor não tentar dar uma explicação sobre “porquês” neste momento, uma vez que só confunde a criança. Seu cérebro não está preparado para raciocinar ainda. Isso virá mais tarde. É suficiente simplesmente afirmar (às vezes mais de uma vez) o que aconteceu. O importante é o fato de que nós a entendemos de uma forma simpática e a sensação que isto traz à criança.

Muitas vezes, a criança ficará muito aliviada que você compreende o que ela está sentindo. Depois que ela deu um grito alto e colocou todos os “maus” sentimentos para fora, ela pode querer vir te abraçar ou pedir colo pra se sentir segura. Ela vai chorar apenas o quanto seu corpo precisa e, em seguida, ela vai parar. Às vezes o tamanho da birra também parece estar totalmente fora de proporção com o que acaba de acontecer. Isso pode ser porque ela teve um dia frustrante, foi agredida por outra criança, está cansada, ou um número de fatores que podem causar acúmulo de tensão. Nem sempre é necessário que você entenda o que estes motivos são para que possa ajudá-la a resolvê-los. É suficiente dar a ela um espaço seguro para demonstrar seus sentimentos, e para que ela saiba que você reconhece como está se sentindo, e que está do seu lado.

COMO AS CRIANÇAS APRENDEM

Nessa idade, as crianças estão aprendendo com cada experiência que passam. Precisamos ter certeza de que o que eles estão aprendendo é o que queremos ensiná-los! Isto é onde a questão da consistência VS negociação aparece. Às vezes, uma criança vai continuar pedindo e implorando por algo, mesmo quando a mãe disse que “não” de maneira firme e suave várias vezes. Finalmente, a criança poderá começar a gritar e ter um acesso de birra. Se a mãe estiver cansada ou ocupada, para instaurar a paz, ela pode acabar cedendo por desespero no último momento. Mas como consequência ela poderá se sentir ressentida e manipulada, e a criança ficará confusa.

O que nós queremos que ela aprenda é que “Na vida temos algumas decepções, e que eu não posso ter sempre tudo o que eu quero. Mas quando eu estou chateada, minha mãe sabe como eu me sinto e me ajuda a lidar com a minha frustração. Mamãe me ama mesmo quando eu estou com raiva ou triste, e ela está do meu lado.” Saber que somos amados e aceitos em todos os momentos nos faz sentir seguros e protegidos no mundo.

RESUMINDO

Podemos ajudar as crianças a aprenderem que podem dizer “não”. Esta é uma boa maneira de prepará-los para serem assertivos como adultos, e serem vencedores na vida.

Podemos ajudar as crianças a aprenderem que a vida às vezes pode ser frustrante e nem sempre podemos ter o que queremos, mas podemos ter a expectativa de que nossos sentimentos serão ouvidos e respeitados. Isso estabelece a base para um bom relacionamento com outras pessoas.

Nós podemos ajudar as crianças a aprender que é certo expressar seus sentimentos (mesmo os chamados negativos) em vez de reprimi-los como tensão. Podemos ensinar-lhes isto, permitindo-lhes expressar a sua mágoa e sentimentos de raiva em um lugar seguro, enquanto recebe nosso amor e apoio.

Escrito por Pat Törngren © 2012

http://www.parenting-with-love.com/toddlers-and-tantrums/

Tradução: Cecilia Kotzias

3 de maio de 2016

Quando a criança é amamentada, ela não está só sendo alimentada, mas também, está fazendo um exercício físico importante para o desenvolvimento e crescimento facial. A amamentação trás benefícios para a respiração, deglutição, mastigação, fala e para o bom desenvolvimento da dentição da criança.

O bebê, quando está mamando no seio, realiza movimentos que exercitam a respiração e a musculatura facial. A sucção do leite e a deglutição fortalecem os músculos faciais e direcionam a formação dos ossos do rosto. Amamentar ajuda no fortalecimento e tonificação da língua, bochechas e lábios.

A amamentação, quando feita no seio materno, é a primeira ginástica facial que faz com que os ossos do rosto possam ser estimulados corretamente. Esse exercício é o responsável inicial pelo crescimento harmonioso da face e da dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente e a preferência do bebê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele recebe o leite, principalmente quando este flui por um grande furo no bico da mamadeira.

Benefícios da amamentação:

Desenvolve o sistema imunológico do bebê

O leite materno protege o organismo do bebê contra infecções, como as otites e as infecções intestinais, evitando assim as diarréias.

Ajuda no desenvolvimento da fala

A posição da boca nos mamilos estimula os pontos articulados, responsáveis pela produção dos fonemas (sons).

Estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da musculatura oral

A musculatura oral adequada resultará em um bom desenvolvimento da respiração, deglutição, mastigação e fala.

Fortalece o vínculo mãe e bebê

O contato com a mãe, pelo aleitamento materno, faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando o choro e a ansiedade.

Diminui o risco de alergia

Crianças alimentadas no peito da mãe têm menos risco de terem asma. Crianças que, desde cedo tomam o leite de vaca, aumentam a probabilidade de se tornarem alérgicas, pois as proteínas desse leite estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite.

É o alimento mais completo para o bebê

A mãe não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao menos se preocupar em oferecer água. A amamentação feita no peito faz com que o bebê receba toda a nutrição que ele precisa para obter um crescimento saudável.

Evita doenças futuras

Um bebê amamentado no peito pode evitar, durante sua vida, algumas doenças como a obesidade, o diabetes e a hipertensão.

Dificilmente o bebê terá anemia

A concentração de ferro no leite materno é bem maior que a encontrada em qualquer outro tipo de leite.

Evita cólicas

O leite materno tem proteínas que são facilmente digeridas pelo organismo do bebê. Isso não acontece com o leite de vaca, que tem proteínas de difícil digestão.

Amamentar diminui risco de câncer de mama

As mulheres que amamentam seus filhos, por mais de seis meses, têm menos chances de desenvolver câncer de mama.

A relação entre o aleitamento materno e o desenvolvimento facial

É importante lembrar que a amamentação é o primeiro exercício da musculatura facial (lábios, língua e bochechas) do recém-nascido, porque o trabalho muscular tem grande importância para o estímulo do crescimento harmônico da face.

A amamentação estimula o desenvolvimento dos maxilares, já que o bebê é obrigado a:

Manter os lábios firmes ao seio materno para evitar o vazamento do leite, promovendo o fortalecimento da musculatura labial, que é responsável pelo correto fechamento do lábio.

Usar a língua para deglutir, estimulando o crescimento transversal (largura) do maxilar superior e a maturação da musculatura lingual (evitando problemas na fala e deglutição).

Levar a mandíbula (arcada inferior) para frente e para trás, repetidamente, para “ordenhar” o seio materno, estimulando o crescimento do maxilar inferior  para frente.

E ainda precisa respirar pelo nariz, ao mesmo tempo. Isso estimula o desenvolvimento da região nasal, garantindo uma passagem mais ampla para o ar, evitando, com isso, amigdalite e pneumonia, entre outras doenças respiratórias.

Um bom desenvolvimento das vias respiratórias afasta a chance da criança se tornar uma respiradora bucal. Quando a criança respira pela boca, os dentes ficam ressecados e mais expostos à cárie, as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações,  os dentes podem ficar tortos, aumentando ainda mais o risco de cárie.

O aleitamento materno previne a cárie

A desnutrição crônica tem sido apontada como causa de maior risco de cáries. Por ser o alimento que oferece a nutrição ideal, o leite materno é indicado para o bebê, especialmente nos primeiros 6 meses de vida, como alimentação exclusiva.

Crianças amamentadas no seio da mãe têm menos chances de desenvolver:

– atresia da maxila (arcada superior estreita)

– mordida aberta (dentes anteriores não se tocam)

– retrusão mandibular (queixo pequeno)

– apinhamento dental (falta de espaço para os dentes) 

Bebês são mais tranquilos no seio da mãe

A criança fica mais tranqüila quando está no seio da mãe, sem ter que compensar a ansiedade com o bico artificial, bico este que, se utilizado inadequadamente, pode causar os problemas citados acima.

A amamentação no seio prepara o bebê para a mastigação

O bebê, que é aleitado no peito, além de satisfazer suas necessidades nutritivas e afetivas, também recebe um “treinamento” para o segundo reflexo da alimentação, que é a mastigação. Depois que terminar o período de amamentação, o início da mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos.

A criança que faz uso de mamadeira costuma tomar-se sua companheira ao longo de anos, habituando-se a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira) e, além disso, tende a recusar alimentos que requeiram mastigação.

Fonte: http://www.gvinculo.com.br/2014/02/vantagens-da-amamentacao-para-o.html

5 de abril de 2016

 

A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Instituto Datafolha ouviram 1.525 crianças brasileiras de 4 a 10 anos, de todas as classes econômicas, em 131 municípios. O trabalho foi realizado com base no instrumento de avaliação de qualidade de vida AUQEI e o desenho amostral elaborado com base no Censo de 2010 (IBGE). A pesquisa sobre estados emocionais foi quantitativa, com abordagem domiciliar. Teve como objetivo conhecer mais profundamente os desejos e necessidades dos pacientes pediátricos, para que seu médico possa, cada vez melhor, orientar as famílias nas consultas.

As crianças responderam uma questão aberta: “O que você mais gosta de fazer quando não está na escola?”. Além disso, foram propostas 26 situações, para que utilizando uma escala visual de cinco pontos (cartão “de carinhas”), manifestassem seu estado de alegria ou tristeza frente a cada uma. A criança respondeu na presença do responsável, após sua autorização.

O que sentem? Do que gostam?

O que deixa a criança “muito alegre” e “alegre” é o dia do seu aniversário (96% das respostas), praticar esporte (94%), brincar com os amigos (92%), as férias escolares (91%), assistir TV (90%). A situação na qual se sente “muito triste” e “triste” (71%) é ficar longe da família.

Mas independente da natureza, os primeiros lugares ficaram com jogar bola (33%), brincar de boneca/boneco (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a seguir, com 19%. O pega-pega ficou 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o esconde-esconde, brincar de carrinho e video game. Na sequência, estão brincar de casinha (10%) e no computador (9%). Apareceram também soltar pipa e desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, com brinquedos (sem especificar qual), animal de estimação e estudar (4%).

Dicas da SBP para as famílias

O principal é o carinho.

O que faz a criança feliz não é o brinquedo, é brincar, é conviver com a família e amigos. Os pequenos não são consumistas.

O núcleo familiar proporciona sensações alegres e prazerosas

Fica clara a grande importância dada pelas crianças ao convívio – tão decisivo para o seu desenvolvimento emocional e cognitivo -, não apenas com a família nuclear, mas também a “estendida”.

87% dos entrevistados se definem como “alegres” ou muito alegres” quando estão com os avós, na mesa com a família e quando pensam na mãe.

83% se dizem também “alegres” ou “muito alegres” quando brincam com os irmãos e 78% quando pensam nos pais.

Criança gosta de estar com criança. Até por isso fica tão feliz no aniversário.

47% dos entrevistados informaram que ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam sozinhos. A convivência deve ser incentivada.

As brincadeiras tradicionais trazem mais alegria.

Apesar da forte presença da TV e dos eletrônicos em geral (o computador é importante principalmente entre os mais velhos), não apenas ainda existe o Brasil das brincadeiras tradicionais, como essas ainda trazem mais alegria do que as propostas mais atuais de diversão/lazer. É importante incentivá-las.

 Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, e mesmo que não praticadas, estão em primeiro lugar no desejo das crianças.

TV, computador e falta de outras opções.

Em geral, a criança se volta para o brinquedo eletrônico quando está sozinha. Mas se for oferecida uma alternativa, prefere.

Os eletrônicos entram na vida da criança muito cedo e ganham espaço excessivo quando faltam alternativas. Os pequenos acabam se acostumando, adquirindo o hábito.

É preciso oferecer outras experiências, criar mecanismos para que possam fazer atividades apropriadas à faixa etária.

É muito importante que as crianças, desde pequenas, sejam incentivadas à pratica esportiva e demais bons hábitos.

Atividades individuais são um pouco mais comuns (85%) que as sociais (74%) – mas essas devem também ser incentivadas, pois criam sentido de sociedade, compartilhamento, ganhar e perder, respeitar, características importantes, que surgem para as pessoas no seu crescimento e desenvolvimento através das brincadeiras.

As crianças brasileiras têm uma imagem de si mesmas atual e futura muito boa e com confiança.

A maioria fica alegre quando vê uma fotografia sua (86% alegria) e quando se imagina adulta (87%).

O futuro é bem-vindo.

87% dos entrevistados ficam “alegres” ou “muito” quando pensam em si mesmos como pessoas grandes. A situação foi proposta para os que têm entre seis e 10 anos.

Fonte: http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/campanhas/crianca_feliz.aspx

25 de fevereiro de 2016

Sabemos que o mundo em que vivemos, está cada vez mais exigente. Essas exigências acabam nos dominando a ponto de direcionar nosso foco mais no trabalho e no ganho do dinheiro do que nas verdadeiras chaves da felicidade familiar. Achamos que o não faltar nada em casa para comer, vestir e os aparelhos eletrônicos é o suficiente, quando na verdade deixamos faltar o mais importante em nossa família, como o prazer de estar junto. A mesa é um local que favorece essa união porque as pessoas precisam ficam sentadas, se olham no olho e o diálogo acontece.

Os benefícios dessa atividade simples jamais poderão ser comprados, mas podem ser vividos. Para os pequenos que ainda estão aprendendo a comer, precisamos colocar os alimentos na mesa, fazer com que eles sintam o gosto e percebam o que estão comendo. Além disso, observar o que os pais estão comendo estimula a curiosidade da criança. Os pais são o grande exemplo em relação à alimentação. Não adianta você querer que seu filho coma cenoura se ele nunca viu você fazendo isso. A mesma coisa vale para os alimentos que você não quer apresentar ao seu filho: se a ideia é adiar a ingestão de refrigerantes, por exemplo, evite tomar aquela latinha na frente das crianças – elas com certeza vão pedir para experimentar!

Embora muitas vezes a rotina não permita que vocês se reúnam todos dos dias, considere uma das três refeições: café da manhã, almoço ou jantar, nos sábados ou nos domingos, o importante é vocês se sentarem à mesa juntos.

Uma dica importante:

Nesse momento, sentados à mesa, não é momento de cobrar um do outro, da esposa, do marido, e nem dos filhos as notas escolares. Podem contar coisas engraçadas que aconteceram no dia a dia, saber como foi o dia, quais as novidades na escola, enfim … amenidades. O principal é a interação e que os pais mostrem interesse pela vida dos filhos!

12 de fevereiro de 2016

Normalmente as famílias ficam orgulhosas ao dizer que seu filho, mesmo tão novinho já faz xixi ou cocô no “peniquinho”. No entanto, o controle das excreções, como qualquer outro reflexo, tem seu tempo e hora para amadurecer na criança. Portanto, é muito importante, saber como agir com seu filho na época de deixar as fraldas. Porém, procure ficar ciente de que mesmo que tudo dê certo, um xixi na cama ou outro fazem parte da infância.

O sucesso desse processo depende muito da relação de confiança e afeto estabelecida entre a criança e seu adulto cuidador! Confira os principais erros cometidos no desfralde:

 

1 – Começar antes do tempo

Não existe uma idade definida para tirar a fralda das crianças. O que normalmente acontece é que a criança começa a sinalizar, dizendo que quer fazer xixi e/ou apontando para a fraldinha. No entanto, apressar o processo pode trazer prejuízo para o desenvolvimento dela. O recomendado é começar o treinamento a partir dos dois anos, pois nessa fase os filhos possuem autonomia motora para andar, tirar a roupa e expressar que estão incomodados com o cocô.

2 – Expor a criança

Assim como acontece com os adultos, ir ao banheiro é algo privado. Por isso, desde o início, os pais não devem colocar o penico, por exemplo, no meio da sala ou no quarto e nem expor a criança na frente de todos. O recomendado é usar o sanitário preferencialmente com a porta fechada, desta forma, caso a criança se suje, evita-se de que ela se sinta envergonhada.

3 – Apressar a criança

Evite ficar falando à criança para fazer logo xixi ou cocô, que está com pressa etc. O treinamento para o desfralde requer tempo e paciência. Por isso, leve junto para o banheiro algumas distrações como livros, giz de cera etc., para tornar aquele momento prazeroso e evitar o tédio e a desistência.

4 – Esperar que a escola faça isso

O momento do desfralde deve acontecer primeiramente em casa. A escola serve como base de apoio e continuidade da orientação dada pelos pais. Além disso, é preciso não fazer comparações, não é porque o coleguinha de turma está saindo da fralda que o seu filho obrigatoriamente precisa deixá-la também.

5 – Não providenciar equipamentos necessários

É necessário providenciar um penico ou um redutor de vaso sanitário para que haja mais comodidade e conforto na hora de aprender a usar o toalete. Caso opte pelo redutor de acento, é importante colocar também um apoio para os pés. Muitos pais sentam a criança no vaso com os pés no ar, porém para fazer cocô todos precisamos de prensa abdominal e os pés no chão ajudam a fazer essa força.

6 – Esperar a criança pedir

O adulto não pode ficar esperando a demonstração espontânea de vontade por parte da criança. O ideal é que o treinamento comece durante o dia e que o adulto pergunte, pelo menos a cada duas horas se ela quer fazer xixi ou cocô.

7 – Não ter calma na hora de um acidente  

Uma das coisas que os pais devem evitar é dar bronca ou brigar com a criança caso ocorra um escape. Diante dessa situação, o melhor a fazer é levar o filho a um lugar reservado, limpá-lo e trocá-lo, sem ficar dizendo “nossa sujou a roupa de novo?” ou “você não aprende”. Quando essa repreensão acontece, a próxima vez para não envergonhar os pais, a criança pode tentar prender o cocô ou até ficar com a bexiga cheia, causando infecção urinária.

8 – Colocar roupas difíceis de tirar

Se a criança pedir para ir ao banheiro, os pais precisam ser rápidos. Por isso, nada de colocar calças muito apertadas ou meia-calça durante o desfralde. Desta forma, o verão é realmente um ótimo período para iniciar o processo, já que roupas leves como vestidinhos e bermudas facilitam a retirada.

9 – Não explicar o processo

Mostre para a criança para onde o cocô vai. Quando ele fizer cocô na fralda, leve a fralda suja até o penico e ponha o cocô ali, para mostrar onde é o lugar certo. Depois, esvazie o penico jogando as fezes no vaso sanitário, e dê ao seu filho o privilégio de ajudar a apertar a descarga (só se ele quiser, algumas crianças têm medo). Desta forma, o processo vai ficando cada vez mais claro na cabeçinha dela.

10 – Querer acabar de vez com as fraldas

O organismo da criança demora bastante para ser capaz de despertá-la se for necessário para fazer xixi no meio da noite. O aconselhado é que você só se aventure a tirar a fralda noturna, quando, por diversas noites seguidas, a fralda tiver amanhecido completamente seca.

11– Escolher um momento tumultuado na vida dos pais

As primeiras semanas exigem dos pais muita disponibilidade de tempo e paciência, afinal eles precisam estar dispostos a passar vários minutos com o pequeno no banheiro. Portando, o ideal é começar o procedimento quando os pais estiverem mais tranquilos (pode ser nas férias, por exemplo) e com tempo para dedicar-se a isso.

fonte: revista babies