O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Existe mesmo o TDAH?
Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.
Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?
Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.
Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?
Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa consequências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.
O TDAH é comum?
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
Quais são os sintomas de TDAH?
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos (“colocam os carros na frente dos bois”). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Quais são as causas do TDAH?
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo – inclusive no Brasil – demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas, chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.
- A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo “desatento” ou “hiperativo” simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc…). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz “concordantes”) do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único “gene do TDAH”. Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
- B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.
- C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.
- D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
- E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais). Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
fonte: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html
A: APRAXIA DE FALA: é considerada um distúrbio motor (neurológico) que afeta a produção dos sons da fala. Apraxia em crianças também existe. Não ocorre apenas em Adultos!
B: BOCA: a boca da criança parece ficar “perdida” em como falar. A criança quer se comunicar, sabe o que quer dizer, mas parece que sua boca não sabe como se movimentar.
C: CÉREBRO: o cérebro deve planejar e programar a sequências de gestos e movimentos articulatórios para produzir a fala. E na Apraxia esse é o grande desafio! O cérebro fica confuso!
D: DIADOCOCINESIA: é a capacidade que uma pessoa tem em realizar movimentos rápidos e alternados. Na Avaliação Fonoaudiológica, umas das tarefas solicitadas à criança é repetir alternadamente sequencias silábicas. Crianças com Apraxia irão falhar nesta tarefa! Sequencializar sílabas para formação de palavras é um grande desafio para elas.
E: ESPERAR. Uma criança com dificuldade no desenvolvimento da fala e especialmente, para as que apresentam Apraxia, ESPERAR pode significar perder um tempo importante de ESTIMULAÇÃO. Cuidado com a orientação: “ah espere ela ainda é muito novinha”. Sejam vigilantes!
F: FONOAUDIÓLOGOS. Fonoaudiólogos são essenciais no tratamento de uma criança com Apraxia e para sua família também. A sua responsabilidade é enorme. O desafio é enorme e a profissão é maravilhosa, é nobre… criar a oportunidade de uma criança se comunicar a torna mais humana, mais inserida nesse mundo de desafios em que vivemos todos os dias!
G: GRITAR! A criança com Apraxia quer GRITAR para todo mundo, que ela sabe muito mais do que ela diz, do que ela fala, que ela entende muito mais do que podem imaginar. A angústia de não conseguir, é grande; e precisamos ser sensíveis a isso. Temos que tentar facilitar o caminho para elas e não deixá-lo ainda mais pesado. Cuidado com as pressões! Cuidado com as exigências e perfeições!
H: HELICÓPTERO! Uma palavra com 5 sílabas!!! Uau!! Um grande desafio. Na Apraxia quanto mais sílabas as palavras têm, mais dificuldade a criança terá, mais sequencias de movimento ela terá que planejar!
I: IMITAÇÃO. A Apraxia acomete a capacidade de imitação da criança. A imitação global pode estar prejudicada, como por exemplo, a imitação de movimentos do corpo, de gestos até a imitação da fala. Os pais ficam na frente da criança repetindo, mas percebem que ela não consegue imitar.
J: JUNTOS. Estamos todos juntos! A criança, seu pai, sua mãe, seus avós, suas cuidadoras, suas professoras, outros profissionais da saúde. Precisamos estar todos juntos! Juntos para vencer os desafios que a Apraxia nos impõe!
K: KIDS. Kids significa criança. Sim, a Apraxia de Fala afeta crianças também!
L: LÁBIOS/LÍNGUA: A Apraxia afeta o controle motor dos lábios, da língua (a criança parece não saber como movimentá-los e não existe uma paralisia ou uma hipotonia significativa. Existe uma dificuldade de planejar, de coordenar os movimentos dos lábios e da língua.
M: METAS: nas terapias é muito importante os profissionais estabelecerem e definirem quais serão as metas. Por onde começar? Quais objetivos? Que estratégias serão adotadas para atingirmos esses objetivos? Utilizar PISTAS multissensoriais sempre é o caminho!
N: NUNCA DESISTIR. Atender uma criança com Apraxia não é uma tarefa fácil. É uma terapia trabalhosa, que desafia o profissional, que desafia a expectativa dos pais e da própria criança. Mas NUNCA, NUNCA DEVEMOS DESISTIR! Esperança, acreditar sempre!
O: OUÇA MINHA VOZ. Isso é o que toda criança com Apraxia nos pede o tempo todo! Elas querem ser ouvidas, querem ser atendidas, querem participar, querem ser incluídas na família, na escola. Lembre-se que apesar de não falarem, ou de não conseguirem falar de forma clara, elas têm muita a nos dizer, mesmo que ainda seja, pelo olhar, pelo toque, pelas mordidas, pelo choro, pela irritação! Não desconsidere a necessidade de Comunicação Alternativa.
P: PLANEJAR E PROGRAMAR. O cérebro da criança com Apraxia fica confuso! Ele não consegue planejar, programar e coordenar os movimentos dos articuladores para produzir sequencialmente os sons da fala. Os Fonoaudiólogos atuam justamente nesse processo, de suprir o que o cérebro da criança não está dando conta de desafio.
Q: QUANTO. Quanto tempo uma criança com Apraxia levará para falar normalmente? Ou QUANTO tempo de terapia ela irá precisar? DEPENDE! Depende da gravidade do quadro, da idade, de quando foi feito o diagnóstico, da abordagem terapêutica utilizada, do envolvimento da família, do comportamento da criança, etc.
R: REPETIÇÃO. Um dos princípios da intervenção é a Repetição. Por que repetir várias vezes os alvos que estão em treino? Para a criança conseguir criar a memória dos planos motores (para ela conseguir reter/memorizar a sequência de gestos articulatórios). Mas precisamos encontrar formas lúdicas de fazer isso para não ficar cansativo e desmotivador para a criança.
S: SEQUÊNCIA. A criança com Apraxia apresenta muita dificuldade para sequencializar os movimentos dos articuladores, por isso, ela acaba simplificando falando apenas silabam isoladas (geralmente as últimas) ou apenas as vogais das palavras. Estimular atividades que tenham sequencias de movimentos é sempre muito bacana!
T: TREINAR TREINAR TREINAR… Apraxia afeta o planejamento motor. E como toda habilidade motora que vamos aprender, precisamos de treino, muito treino!
U: UVA….palavras com menos silabas são mais fáceis, podemos começar com elas. Outros exemplos: papa, mama, dá, pepa, ect..
V: VOLUNTÁRIO. Apraxia afeta o controle voluntário dos movimentos da fala, demanda consciência do movimento. A criança pode conseguir fazer um determinado movimento inconscientemente (por exemplo, estalar a língua, como imitando um cavalinho), mas não irá conseguir fazer o mesmo movimento sob comando (exige controle voluntário, que ela tem muita dificuldade).
W: WHEN? Traduzindo do Inglês..QUANDO? Quando minha criança irá falar? Pergunta complexa e que depende de muitos fatores.
X: EXTRA. Atividades extras, como esportes, podem ser benéficas! Tirar um cochilo, descansar um pouquinho antes das terapias… e BRINCAR, a agenda de uma criança com Apraxia é “cheia”, e elas também precisar de lazer.
Y: YES – SIM! Sim, o desafio é grande, mas juntos podemos vencer a Apraxia.
Z: ZANGADA. A criança com Apraxia fica zangada, irritada, desmotivada quando solicitamos algo que ela ainda não dá conta de fazer, de falar, de responder. Lembre-se que a criança com Apraxia não fala porque ela é mimada ou porque “os pais não estimulam”. Elas não falam porque FALAR É UM GRANDE DESAFIO PARA ELAS.
Fonte: http://apraxiabrasil.org/%EF%BB%BFabc-da-apraxia-de-fala-na-infancia/
Tédio e Tempo livre estimulam a criatividade das crianças!
Com grande parte do seu tempo passado na escola e gasto na realização da lição de casa, muitas crianças acumulam sobrecarga de atividades. Sobra pouquíssimo tempo livre. E isso impacta profundamente o desenvolvimento infantil. Estamos criando adultos menos criativos, mais robotizados, que precisam estar ocupados o tempo todo e que sentem que está sempre faltando alguma coisa.
Além da sobrecarga de atividades, muitas vezes os espaços entre uma atividade e outra são preenchidos com excesso de tecnologia, como jogos, celulares e tablets.
O problema é o superestímulo que eles fornecem. Por meio desses aparelhos, a criança se acostuma a vivenciar tudo muito rápido. Então, qualquer coisa com menos velocidade vai entediar. Além disso, esses eletrônicos proporcionam uma continuidade que é ao mesmo tempo cômoda e alienante: quando um vídeo termina, outro começa em seguida. Quando a criança passa uma fase do jogo, a próxima se inicia imediatamente. Não há uma pausa sequer para pensar se quer continuar ali ou não. Então, ela acaba entrando em um modo automático de entretenimento.
Ter tempo para não fazer nada é essencial para que as crianças adquiram habilidades que vão fazer a diferença em toda a sua vida. É preciso entender que a criança precisa ficar um pouco sozinha, para fazer as coisas no seu tempo e desenvolver a criatividade, ou simplesmente aprender a tolerar esse momento sem aflição.
Quando estamos sem nada para fazer, nosso cérebro constrói conexões. É quando ele elabora os estímulos que recebemos ao longo do dia: tudo o que ouvimos, vimos e sentimos.
Devemos resistir ao impulso de (sempre) querer proporcionar atividades para a criança e interferir o mínimo possível, dando à criança a chance de encontrar mecanismos para se auto entreter; seja desenhando, lendo, brincando ou simplesmente aprendendo a ficar numa boa em sua própria companhia, sem sentir angústia por não estar ocupada.
Às vezes, a melhor forma de aproveitar o tempo é estar aberto e não fazer nada: contemplar o céu, sentir o tapete macio, fechar os olhos e ouvir os sons ao redor. É assim que a criança vai aprender a encontrar pequenas alegrias em cada momento da vida e saber aproveitar a cabeça livre para ter grandes ideias, grandes projetos. Hoje e no futuro!
(Fonte: revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2017/02/tedio-saiba-por-que-ele-e-importante-para-o-seu-filho.html)
Saúde mental e qualidade de vida andam juntas!
Com o início do ano letivo se aproximando, queremos chamar a sua atenção para uma questão muito delicada. É fato que, muitas das perturbações vivenciadas por uma pessoa adulta têm sua origem em fatores de risco da infância. Por exemplo, quando uma criança se sente rejeitada na escola ou em determinado grupo social, o risco de desenvolverem um comportamento antissocial, agressivo ou depressivo se eleva, podendo levar a problemas de conduta.
Os pais são os primeiros observadores da saúde e do bem estar da criança, e quando percebem algum problema relacionado ao desenvolvimento, seja ele, motor cognitivo, comportamental ou emocional, devem procurar por orientação especializada.
Consideramos também a importância da escola como parceira na observação de alterações comportamentais e afetivas… Isso porque as crianças e os adolescentes passam um tempo considerável no ambiente escolar. Além disso, pela própria experiência e conhecimento dos padrões funcionais típicos de cada faixa etária, os profissionais da educação podem fazer observações que, talvez os pais ou responsáveis demorassem mais a perceber.
No entanto é preciso muita empatia ao abordar o tema com as famílias, evitando embasamento em conhecimentos genéricos, que acabam atribuindo preocupações desnecessárias sobre comportamentos considerados adequados.
Por isso a parceria se faz tão importante, a escola deve se posicionar como olhos e ouvidos atentos, como mente consciente, observando as crianças tanto em relação ao grupo quanto em relação a si mesmas.
A observação atenciosa e a troca de informações entre a família e a escola são fundamentais.
E caso haja alguma suspeita, ou situações que se apresentem em ambientes diversos, ou sejam notadas por indivíduos distintos, encaminhar a criança para uma avaliação profissional adequada.
O diagnóstico de transtornos mentais cabe ao Psiquiatra, mas quem direciona a criança para ele é a díade escola-família!
Quanto antes for detectado um problema, maiores são as chances de sucesso no tratamento.
A Dra. Cinthya Rodrigues Oliveira Liebert é Médica Psiquiatra da Infância e Adolescência na Clínica Clipi.
Para agendar uma consulta ligue: (47) 3367-2727.
Classicamente, o início da puberdade deve ocorrer entre 8 e 13 anos, nas meninas, e no período que vai dos 9 aos 14 anos nos meninos. A puberdades que se inicia, em meninas antes dos 8 anos ou em meninos antes dos 9 anos, é considerada precoce, requerendo investigação e, se necessário tratamento.
O desajuste entre a maturação física e a psicológica é apenas um dos prejuízos impostos pela puberdade precoce. O fato é que há uma tendência secular do amadurecimento sexual cada vez mais cedo e a maior incidência está entre as meninas. Atualmente, a obesidade se destaca como fator de risco, principalmente para as meninas, porque o tecido gorduroso secreta hormônio feminino, podendo resultar no amadurecimento puberal antecipado. Portanto, o aparecimento da glândula mamária em meninas, e o aumento do volume testicular nos meninos, assim como pelos pubianos, ou odor axilar em ambos os sexos, exige uma consulta especializada.
O Dr. Paulo R. F. do Nascimento é o Endocrinologista Pediátrico na Clipi, esta é a especialidade da pediatria responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças relacionadas às alterações hormonais nessas faixas etárias.
Para agendar uma consulta ligue: (47) 3367-2727.
Clipi – Clínica Pediátrica Integrada e Centro de Vacinas: Rua Francisco Manoel de Souza, 129 Pioneiros | Balneário Camboriú – SC
SEU FILHO ESTÁ GAGUEJANDO?
Caso seu filho tenha dificuldade para falar e costuma hesitar ou repetir determinadas sílabas, palavras ou frases, ele pode ter uma disfluência ou uma gagueira. Contudo, ele também pode estar atravessando um período de disfluência normal, período este que muitas crianças enfrentam quando estão aprendendo a falar. Este informativo vai ajudá-lo a entender a diferença entre gagueira e o desenvolvimento normal da linguagem.
A disfluência normal das crianças:
A criança dentro do seu desenvolvimento normal pode ser disfluente, ocasionalmente, repetindo uma ou duas vezes sílabas ou palavras, por exemplo: pa-pa-pato.
As disfluências ocorrem com mais frequência entre um ano e meio e cinco anos de idade, costumam ir e vir.
Normalmente, essas disfluências são sinais de que a criança está aprendendo a usar a linguagem de maneira nova.
A criança com gagueira leve:
A criança com gagueira leve repete sons mais de duas vezes, pa-pa-pa-pa pato por exemplo. A presença de tensão pode ser evidente nos músculos faciais, especialmente ao redor da boca.
A intensidade de voz pode aumentar com as repetições e, ocasionalmente, a criança terá “bloqueios” – ausência de ar e voz por alguns segundos.
Você pode ajudar seu filho:
Tente falar mais lenta e relaxadamente quando conversar com seu filho. Encoraje outros membros da família para fazerem o mesmo. Não fale tão devagar de modo que sua fala pareça estranha, mas mantenha-a lenta e faça várias pausas.
A fala lenta e relaxada pode ser mais eficaz quando a criança tiver um tempo do dia com a atenção de seus pais só para ela, sem ter que competir com outros. Alguns minutos do seu dia podem ser reservados para a criança, é um tempo em que se vai apenas ouvir o que a criança tem para falar.
Quando seu filho falar ou perguntar algo, tente parar um segundo ou mais antes de responder. Isso vai fazer com que sua fala fique mais lenta e relaxada.
Tente não ficar chateado ou nervoso quando a gagueira aumentar. Seu filho está fazendo o melhor que pode para aprender muitas regras novas de linguagem (todas ao mesmo tempo). Sua atitude de aceitação e paciência vai ajudá-lo muito.
Repetições sem esforço e prolongamentos de sons são as maneiras mais saudáveis de se gaguejar. Qualquer coisa que ajude seu filho a gaguejar desta maneira ao invés de com tensão e evitando palavras deve ser feito.
Se seu filho fica frustrado ou triste quando a gagueira está pior, dê a ele segurança. Algumas crianças se sentem melhor quando ouvem “Eu sei que às vezes é difícil falar… mas muitas pessoas empacam em algumas palavras… não tem importância”. Algumas crianças se sentem mais confiantes ao serem tocadas ou abraçadas quando se sentem frustradas.
A criança com gagueira severa:
Se seu filho gagueja em mais de 10% da sua fala, apresenta esforço e tensão para falar, evita palavras (muda a palavra) e/ou usa vários sons para começar a falar, ele precisa de terapia. Os bloqueios de fala são mais comuns do que as repetições e os prolongamentos. As disfluências estão presentes na maioria das situações de comunicação.
As sugestões dadas para os pais das crianças com gagueira leve também servem para as crianças com gagueira severa. Tente lembrar que lentificar e relaxar sua própria fala trazem muito mais benefícios para a criança do que falar para seu filho relaxar, respirar, pensar, falar mais devagar, etc.
Encoraje seu filho a falar com você sobre a gagueira. Mostre paciência e aceitação enquanto conversar sobre o assunto. Superar a gagueira é mais uma questão de perder o medo de gaguejar do que esforçar-se para falar melhor.
Fonte de pesquisa: http://www.abragagueira.org.br/
A retirada das fraldas é um marco de crescimento extremamente importante na primeira infância: sai de cena o bebê que deita para receber cuidados e entra uma criança que precisa ser mais independente e autônoma para fazer por si mesma.
É necessário que a criança tenha as condições de entender o processo para que ela possa ser desfraldada sem que isso cause transtornos emocionais, psicológicos e até clínicos. Algumas crianças que ainda não estão preparadas para esse processo podem evoluir com constipação intestinal (intestino preso) ou infecção urinária, por isso é preciso avaliar se a criança está realmente preparada para o desfralde.
Cada criança é única e precisa ser acompanhada individualmente. Normalmente, qualquer tentativa antes dos 2 anos, pode ser frustrante para todos. O desenvolvimento neuropsicomotor da criança deve ser respeitado e sabemos que os esfíncteres que controlam as eliminações de urina e fezes estão maduros neurologicamente entre 2 anos e meio a 3 anos de idade.
Portanto, devemos observar fases da criança para iniciar o desfralde:
FASE -1 – A criança consegue te avisar que FEZ
Essa percepção da criança em sentir que está com xixi ou cocô demonstra que ela está iniciando o processo do desfralde, mas precisa ter as 3 fases associadas para obter sucesso com a retirada das fraldas.
FASE -2 – A criança consegue te avisar que ESTÁ FAZENDO
Nessa fase, a criança começa a ter a sensação da passagem de suas eliminações pelo reto e pela uretra, mas ainda não consegue reter ou segurar. Ou seja, falta a consciência do ato.
FASE -3 – A criança consegue te avisar que QUER FAZER
A criança já consegue avisar, controlar e segurar as fezes e urina. É nessa fase que o desfralde deve ser realizado e será rápido, tranquilo e sem traumas.
O ideal é respeitar o tempo de cada criança, dar apoio emocional e motivar para que o desfralde seja realizado de forma tranquila e segura.
(Daniela Mendonça| Gastroenterologista Pediátrica – CRM 20908 | RQE 12409).
Você sabia que as crianças também apresentam sinais de ansiedade quando algo as incomoda. A ansiedade é quando a projeção mental no futuro é mais forte do que no presente. A questão ambiental, como o convívio em casa com a família, exerce uma função importante no comportamento da criança. Até os 7 anos, a criança está em um nível de desenvolvimento primitivo, e a família é o alicerce para os seus valores. Se no dia a dia ela presencia brigas dos pais, preocupação excessiva deles com trabalho, por exemplo, é provável que fique insegura e ansiosa também.
A criança ansiosa não se concentra no momento atual. Ela tem medo de tudo e dificuldades em passar as etapas do seu desenvolvimento, como largar as fraldas ou a chupeta. Em idade escolar, o desempenho nos estudos pode ser prejudicado, por não conseguir acompanhar as explicações do professor. Quando está brincando, ela pode atropelar a colega. Se o jogo é de tabuleiro, por exemplo, quer jogar a todo o momento e não sabe esperar sua vez. É claro que, se está em época de provas, esperando por uma viagem ou festa de aniversário, ele vai ficar ansioso, mas são situações que não trarão danos para a sua vida. Vale o bom senso dos pais para observar a criança. O problema é quando o sono, a alimentação, o desenvolvimento educacional e social da criança são afetados.
Como os pais podem ajudar os filhos em momentos de ansiedade:
– Ensine seu filho a respirar bem devagar, para que ele se acalme;
– Ao contar uma história, se perceber que ele está disperso, chame-o com carinho e o envolva novamente no enredo;
– Converse com seu filho. Se perceber uma mudança no comportamento, ajude-o a se expressar, a nomear o que está sentindo;
– Ofereça saídas práticas. Se estiver muito ansioso por causa de um evento, ajude-o a se distrair, sem fazer comentários sobre seu comportamento. Se estiver comendo muito rápido, peça que acompanhe o seu ritmo;
– Proponha atividades físicas. Elas relaxam e colocam a criança no presente.
– Se perceber que a rotina e o desenvolvimento da criança estão prejudicados por conta da ansiedade, procure ajuda de um profissional.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/02/crianca-tambem-sofre-de-ansiedade.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=post
A pesquisa, intitulada Dividir para Somar, tem o intuito de mostrar como o ato de brincar e de socializar com outras crianças é importante para o desenvolvimento infantil.
No estudo, a doutora em Antropologia e Pedagogia, Adriana Friedman ressalta que nem sempre é através da palavra que todos têm habilidade de se expressar e é por esse motivo que o brincar é uma forma expressiva tão fundamental para o desenvolvimento do ser humano. O brincar facilita a expressão de medos, tristezas, frustrações, angústias, sentimentos de insegurança que as crianças vivem, mas não conseguem verbalizar. E observar as atitudes das crianças e suas emoções durante as brincadeiras é uma forma dos adultos as conhecerem e entenderem melhor.
Em relação à importância de ter amigos e brincar junto, o estudo mostrou que, além de dar a criança meios de entretenimento, as amizades proporcionam um sentimento de pertencimento e até bases para a formação da própria identidade.
Cada tipo de brincadeira contribui de uma forma diferente para o desenvolvimento. Brincadeiras mais corporais, como esconde-esconde e pega-pega, trabalham a atenção e a coordenação motora. Brincadeiras de faz-de-conta podem ajudar as crianças na socialização, aprendendo a se colocar no lugar dos outros. Atividades de roda são ótimas para se sentir membro de um grupo e as mais lúdicas têm o potencial de desenvolver a criatividade, a descoberta e a autonomia, por exemplo.
Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/crianca/mas-afinal-por-que-ter-amigos-e-tao-importante-para-as-criancas/