Todos nós temos ouvido falar dos “terríveis dois anos”. Muitos pais com bebês pequenos se perguntam como irão agir quando seu bebê chegar ao segundo aniversário, e principalmente depois, quando chegar ao, infelizmente difamado, “terríveis dois”. Mas a boa notícia é que os pequenos dessa faixa etária estão trabalhando para alcançar alguns marcos importantes no seu desenvolvimento. Se pudermos compreendê-los e facilitar para eles, poderemos ajudar a estabelecer as bases para uma infância feliz e para adultos autoconfiantes.
O QUE SEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO
Acredite ou não, uma das habilidades mais importantes em que uma criança de dois anos está trabalhando é a capacidade de dizer “não”! Até este momento, ela tinha sido quase totalmente dependente de sua mãe, ou de outros adultos que cuidavam dela. Então, de repente, ela descobriu que é separada da mãe. Ela percebe que pode realmente afirmar-se e ter uma vontade própria, e seu cronograma de desenvolvimento a empurra incansavelmente nessa direção.
Por isso, é muito importante para a criança que está dominando esta lição ter permissão para dizer “não”. Saber que ela pode dizer “não” se um estranho quiser fazer algo para ela que não a faz se sentir bem, é capacitar e protegê-la de um possível abuso sexual. Isso também irá ajudá-la a se tornar uma pessoa assertiva positivamente quando adulta.
Porém, muitas vezes a criança tem um monte de sentimentos confusos sobre sua nova capacidade de se afirmar. Parte dela quer se tornar independente e tomar suas próprias decisões, enquanto outra parte ainda quer ser dependente da mamãe e não quer desagradá-la de maneira nenhuma.
Se entendermos que as crianças pequenas são basicamente pequenos seres sociais que querem agradar seus pais, adquirimos uma boa base a partir da qual começar. Os problemas surgem quando há um choque entre o que agrada aos pais, e as tarefas de desenvolvimento nas quais a criança está trabalhando. Então ajuda muito entender como o cérebro da criança está funcionando neste momento, pois assim podemos ter uma ideia do quanto ela pode entender do que dizemos ou fazemos.
COMO O CÉREBRO DO SEU FILHO FUNCIONA
Com os bebês, o mais importante é atender suas necessidades básicas – como ser carregado, embalado, alimentado e amado, e o brincar de uma forma física. Isso ocorre porque as partes do cérebro do “sentimento” e do “pensar” ainda não estão totalmente desenvolvidas. No momento em que a criança tem dois anos de idade, a parte do cérebro do sentimento (o cérebro médio) já está mais desenvolvida, e a criança é literalmente inundada de sentimentos e emoções – de fato, durante este período, ela “é” seus sentimentos.
Crianças pequenas são diferentes de crianças mais velhas e de adultos. Nos adultos, a parte superior do nosso cérebro está totalmente desenvolvida, de modo que podemos “pensar” sobre nossos sentimentos e, se necessário, colocá-los de lado e expressá-los mais tarde. Aos dois anos de idade, a criança não pode fazer isso ainda – tudo o que elas podem fazer é expressar os sentimentos como eles ocorrem. Quando estão felizes, elas vão rir espontaneamente, quando estão tristes elas vão chorar, e quando elas estão frustradas ou chateadas, irão ter ataques de fúria. Estes comportamentos são todos saudáveis para crianças, incluindo, acredite ou não, as birras.
A primeira indicação que os pais podem obter de que a criança chegou a esta fase, é quando ela diz “não” a quase tudo, e fica chateada se você diz “não” a qualquer coisa! Se seus ‘nãos’ não são permitidos, ou se ela recebe um monte de ‘nãos’ de você, ela pode começar a chorar. Essa situação pode facilmente transformar-se em uma batalha entre pai e filho, e pode acabar em um acesso de raiva explosivo. Isso pode levar os pais ao limite se eles não compreenderem o que está acontecendo. Eles podem não querer ser excessivamente rigorosos, mas temem estar sendo permissivos e acabarem criando uma criança irresponsável.
O que temos de ser capazes de fazer é limitar o “comportamento” quando necessário, mas sempre permitir e aceitar os “sentimentos”.
ENTENDENDO O QUE ESTÁ ACONTECENDO
Porque seu filho necessita dessa permissão para dizer “não” e de ter seus sentimentos aceitos, é importante deixar que isso ocorra tão frequentemente quanto possível – em outras palavras, escolha suas batalhas, e guarde os “nãos” apenas para questões muito importantes. Além disso, existem muitas áreas da vida em que somos mais experientes e mais sábios, e temos que dizer não por razões práticas ou de segurança. Nesses momentos, ajuda a entender o que acontecerá em seguida: provavelmente ele vai ficar aborrecido e começar a chorar. Isso é um comportamento normal para uma criança diante de uma grande decepção. Ele não cresceu o suficiente para entender porque ele não pode correr para a estrada, ou comer o pacote de doces no supermercado, ou brincar com objetos perigosos. Ele só sente como é receber um “não” por algo que realmente quer fazer.
Como o cérebro “pensante” do seu filho ainda não está desenvolvido, não adianta dialogar com ele neste momento. Na verdade, ele provavelmente irá ficar frenético se você tentar, porque ele não vai se sentir ouvido ou compreendido. Quando temos que dizer “não”, e cumpri-lo, o que a criança mais precisa é que nós possamos ajudá-la a processar seus sentimentos de decepção e frustração, que inevitavelmente resultarão. Isso pode se transformar em uma experiência de crescimento para o pai e para a criança.
A primeira coisa que precisamos nessa situação é ter empatia. Se pudermos pensar em como nos sentiríamos se quiséssemos muito fazer algo mas alguém nos disse ‘não’, então estamos no nível dela e podemos ajudá-la com seus sentimentos. Se a criança chora ou faz uma birra, nos ajuda entender que esta é a válvula de segurança que seu corpo possui para descarregar seus sentimentos de frustração, e que é importante deixá-la fazer isso. Mais tarde, quando seu cérebro estiver mais desenvolvido, ela será capaz de controlar seus sentimentos e escolher quando e como expressá-los. Mas ela não pode fazer isso ainda. Sendo assim, a criança pode acabar dividida entre a necessidade de seu corpo descarregar os sentimentos frustrados e seu medo de fazer a mamãe ficar com raiva se ela expressá-los. Ela também pode sentir-se sobrecarregada pela força de seus próprios sentimentos, e precisar de alguma contenção para ajudá-la a se sentir segura.
O QUE FAZER DURANTE UM ATAQUE DE BIRRA
Existem algumas regras básicas que podemos utilizar para ajudar e apoiar uma criança chorando ou fazendo birra. Precisamos permitir que a criança expresse dor, raivas e outros sentimentos, e não temos que reprimi-los (o que pode levar a tensão do corpo e doenças relacionadas ao estresse mais tarde). Mas ela também precisa aprender que não pode machucar outras pessoas no processo. Não devemos permitir que uma criança, num ataque de birra, puxe nosso cabelo, nos morda, bata ou chute. Às vezes, a criança precisa ser fisicamente contida, mas ao mesmo tempo ela precisa ter liberdade de movimento. Portanto, se precisamos segurar a criança, é melhor segurá-la com firmeza ao redor do tronco, com as costas contra o nosso corpo, para que ela possa se agitar e chorar, mas não nos ferir. Se a criança estiver no chão, tudo o que precisamos fazer é ter certeza de que não existem superfícies duras ou outros objetos que possam feri-la nas proximidades.
Quando estabelecemos limites de maneira firme e saudável, as crianças aprendem que estão seguras. Quando nós respeitamos seus limites e somos compassivos para com os seus sentimentos, elas crescem aprendendo a ter respeito e compaixão pelos outros.
Porque ela está totalmente dominada por seu conflito interior, a primeira coisa que uma criança frustrada precisa, é a liberdade de chorar ou expressar quaisquer emoções que ela esteja sentindo. Até que isso aconteça, ela não será capaz de ouvir qualquer coisa que possamos querer comunicar a ela. Nós podemos ajudar, ficando nas proximidades ou, ocasionalmente, dizendo suavemente palavras simples como “está tudo bem, está tudo bem”, “já vai passar” para tranquiliza-la. Tudo o que ela precisa de nós é a presença amorosa.
Quando o choro começar a diminuir, ela provavelmente terá alcançado algum nível de resolução. Então, podemos validar seus sentimentos para que ela saiba que nós entendemos como ela se sente, que na verdade é o que ela está desesperadamente tentando fazer. Podemos dizer algo como: “Sei que você está se sentindo chateada. Você queria o pacote de doces, e mamãe disse ‘não’ “. É melhor não tentar dar uma explicação sobre “porquês” neste momento, uma vez que só confunde a criança. Seu cérebro não está preparado para raciocinar ainda. Isso virá mais tarde. É suficiente simplesmente afirmar (às vezes mais de uma vez) o que aconteceu. O importante é o fato de que nós a entendemos de uma forma simpática e a sensação que isto traz à criança.
Muitas vezes, a criança ficará muito aliviada que você compreende o que ela está sentindo. Depois que ela deu um grito alto e colocou todos os “maus” sentimentos para fora, ela pode querer vir te abraçar ou pedir colo pra se sentir segura. Ela vai chorar apenas o quanto seu corpo precisa e, em seguida, ela vai parar. Às vezes o tamanho da birra também parece estar totalmente fora de proporção com o que acaba de acontecer. Isso pode ser porque ela teve um dia frustrante, foi agredida por outra criança, está cansada, ou um número de fatores que podem causar acúmulo de tensão. Nem sempre é necessário que você entenda o que estes motivos são para que possa ajudá-la a resolvê-los. É suficiente dar a ela um espaço seguro para demonstrar seus sentimentos, e para que ela saiba que você reconhece como está se sentindo, e que está do seu lado.
COMO AS CRIANÇAS APRENDEM
Nessa idade, as crianças estão aprendendo com cada experiência que passam. Precisamos ter certeza de que o que eles estão aprendendo é o que queremos ensiná-los! Isto é onde a questão da consistência VS negociação aparece. Às vezes, uma criança vai continuar pedindo e implorando por algo, mesmo quando a mãe disse que “não” de maneira firme e suave várias vezes. Finalmente, a criança poderá começar a gritar e ter um acesso de birra. Se a mãe estiver cansada ou ocupada, para instaurar a paz, ela pode acabar cedendo por desespero no último momento. Mas como consequência ela poderá se sentir ressentida e manipulada, e a criança ficará confusa.
O que nós queremos que ela aprenda é que “Na vida temos algumas decepções, e que eu não posso ter sempre tudo o que eu quero. Mas quando eu estou chateada, minha mãe sabe como eu me sinto e me ajuda a lidar com a minha frustração. Mamãe me ama mesmo quando eu estou com raiva ou triste, e ela está do meu lado.” Saber que somos amados e aceitos em todos os momentos nos faz sentir seguros e protegidos no mundo.
RESUMINDO
Podemos ajudar as crianças a aprenderem que podem dizer “não”. Esta é uma boa maneira de prepará-los para serem assertivos como adultos, e serem vencedores na vida.
Podemos ajudar as crianças a aprenderem que a vida às vezes pode ser frustrante e nem sempre podemos ter o que queremos, mas podemos ter a expectativa de que nossos sentimentos serão ouvidos e respeitados. Isso estabelece a base para um bom relacionamento com outras pessoas.
Nós podemos ajudar as crianças a aprender que é certo expressar seus sentimentos (mesmo os chamados negativos) em vez de reprimi-los como tensão. Podemos ensinar-lhes isto, permitindo-lhes expressar a sua mágoa e sentimentos de raiva em um lugar seguro, enquanto recebe nosso amor e apoio.
Escrito por Pat Törngren © 2012
http://www.parenting-with-love.com/toddlers-and-tantrums/
Tradução: Cecilia Kotzias
O uso de chupetas é aceitável em bebês e crianças de tenra idade. Portanto, este hábito nos primeiros anos de vida não é considerado ruim. Geralmente está associado à necessidade de satisfação afetiva e de segurança, que pode ser atendida com a prática do aleitamento materno. Existem, inclusive, evidências científicas de que crianças amamentadas no peito por pelo menos seis meses estão menos propensas a desenvolverem hábitos de sucção não nutritiva, incluindo-se a sucção de chupetas que é o mais prevalente. No entanto, nos casos em que a amamentação natural não pode ser realizada e mesmo com a oferta do aleitamento materno, as necessidades de sucção da criança não estejam satisfeitas, o uso do bico é recomendado.
Até que idade a criança pode fazer uso da chupeta?
A Associação Brasileira de Odontopediatria e o Ministério da Saúde recomendam que a idade de 3 anos seja a época limite para a eliminação do uso de chupeta na vida da criança. Entretanto reconhecem que o ideal seria remover gradualmente este hábito até a idade de 2 anos, pois existe a chance de auto-correção de possíveis desarmonias nas arcadas dentárias, em consequências do mesmo.
O que o uso prolongado pode causar?
O hábito de sucção de chupeta, quando prolongado além do limite recomendado, pode promover força nos dentes e nas estruturas que os envolvem. A deformidade será maior ou menor dependendo da frequência (quantas vezes e quanto tempo a criança suga por dia), intensidade (força usada para sugar) e duração do hábito (quantos meses ou anos de sucção). Com isso, podem ser observadas alterações de mordida, como por exemplo, a mordida aberta e ou mordida cruzada posterior.
Quais as condutas para minimizar a instalação de alterações nas arcadas dentárias?
Na faixa etária considerada aceitável para o uso da chupeta, recomenda-se que ela não seja disponibilizada o tempo todo. Há situações, inclusive, em que vemos a chupeta pendurada no pescocinho da criança, tornando mais fácil seu acesso em qualquer momento, o que está contra-indicado. É importante que os pais e responsáveis fiquem atentos à demanda da criança, sem se antecipar a ela, ou seja, não ofertá-la a menos que a criança solicite, nos momentos de sono ou de tensão emocional, exatamente para atender as necessidades de consolo, aconchego e acalanto. Tão logo esta necessidade seja satisfeita, a chupeta deve ser removida. Se a criança estiver dormindo, retirar de sua boca, se ela não apresentar resistência. Se estiver acordada, passado o choro, distrair a criança e guardar a chupeta, tirando-a do seu campo de visão.
A Associação Brasileira de Odontopediatria, em sintonia com o Ministério da Saúde reconhece que uma forma importante de prevenção do uso prolongado da chupeta é o incentivo ao aleitamento materno feito com exclusividade nos seis primeiros meses de vida. Se a criança expressar que este aleitamento não foi suficiente para satisfazer suas necessidades de sucção, a chupeta então deverá ser utilizada racionalmente, não sendo oferecida a qualquer sinal de desconforto, como relatado acima. A chupeta deve ser utilizada como complementar à sucção, na fase em que o bebê necessita deste exercício funcional.
Como eliminar este hábito?
O importante a ser ressaltado é que o uso de medidas não traumáticas para a remoção do hábito de sucção não nutritiva é fundamental, uma vez que envolve questões emocionais. Isto exige a avaliação da melhor maneira e o melhor momento para a remoção do hábito. Para tanto, a Associação Brasileira de Odontopediatria enfatiza a importância de que a consulta ao Odontopediatra se dê o mais cedo possível, ou seja, no primeiro ano de vida. Isto porque, dentre tantas vantagens, favorece o recebimento pelos pais, de orientações para ajudá-los a interromper os hábitos de sucção não nutritiva de seus filhos até no máximo aos 36 meses de idade.
Como escolher o tipo de chupeta?
Ao comprar uma chupeta, é importante que os responsáveis verificarem as orientações nas embalagens, uma vez que existe a especificação do tamanho para cada faixa etária. O formato de chupeta recomendado é o ortodôntico e o material ideal é o silicone, pois o látex favorece maior retenção de bactérias.
Como fazer a higienização das chupetas?
As chupetas devem ser higienizadas diariamente. No entanto, a maneira como isso deve ser feito varia segundo o material utilizado para a confecção do acessório. Portanto, os responsáveis devem verificar na embalagem as orientações a serem seguidas para esta higienização. Outro ponto importante é que, de um modo geral, a troca da chupeta deve ser efetuada assim que sejam observados sinais de que o bico da chupeta está danificado.
Consulte seu dentista regularmente. A Dra. Laura G. Bonato Chiamulera é Odontopediatra e Ortodontista na Clínica Clipi.
Fonte: http://abodontopediatria.org.br
Quando a criança é amamentada, ela não está só sendo alimentada, mas também, está fazendo um exercício físico importante para o desenvolvimento e crescimento facial. A amamentação trás benefícios para a respiração, deglutição, mastigação, fala e para o bom desenvolvimento da dentição da criança.
O bebê, quando está mamando no seio, realiza movimentos que exercitam a respiração e a musculatura facial. A sucção do leite e a deglutição fortalecem os músculos faciais e direcionam a formação dos ossos do rosto. Amamentar ajuda no fortalecimento e tonificação da língua, bochechas e lábios.
A amamentação, quando feita no seio materno, é a primeira ginástica facial que faz com que os ossos do rosto possam ser estimulados corretamente. Esse exercício é o responsável inicial pelo crescimento harmonioso da face e da dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente e a preferência do bebê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele recebe o leite, principalmente quando este flui por um grande furo no bico da mamadeira.
Benefícios da amamentação:
Desenvolve o sistema imunológico do bebê
O leite materno protege o organismo do bebê contra infecções, como as otites e as infecções intestinais, evitando assim as diarréias.
Ajuda no desenvolvimento da fala
A posição da boca nos mamilos estimula os pontos articulados, responsáveis pela produção dos fonemas (sons).
Estimula o crescimento e desenvolvimento adequado da musculatura oral
A musculatura oral adequada resultará em um bom desenvolvimento da respiração, deglutição, mastigação e fala.
Fortalece o vínculo mãe e bebê
O contato com a mãe, pelo aleitamento materno, faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando o choro e a ansiedade.
Diminui o risco de alergia
Crianças alimentadas no peito da mãe têm menos risco de terem asma. Crianças que, desde cedo tomam o leite de vaca, aumentam a probabilidade de se tornarem alérgicas, pois as proteínas desse leite estão associadas à dermatite, rinite, sinusite e amigdalite.
É o alimento mais completo para o bebê
A mãe não precisa se preocupar em complementar a alimentação. Nem ao menos se preocupar em oferecer água. A amamentação feita no peito faz com que o bebê receba toda a nutrição que ele precisa para obter um crescimento saudável.
Evita doenças futuras
Um bebê amamentado no peito pode evitar, durante sua vida, algumas doenças como a obesidade, o diabetes e a hipertensão.
Dificilmente o bebê terá anemia
A concentração de ferro no leite materno é bem maior que a encontrada em qualquer outro tipo de leite.
Evita cólicas
O leite materno tem proteínas que são facilmente digeridas pelo organismo do bebê. Isso não acontece com o leite de vaca, que tem proteínas de difícil digestão.
Amamentar diminui risco de câncer de mama
As mulheres que amamentam seus filhos, por mais de seis meses, têm menos chances de desenvolver câncer de mama.
A relação entre o aleitamento materno e o desenvolvimento facial
É importante lembrar que a amamentação é o primeiro exercício da musculatura facial (lábios, língua e bochechas) do recém-nascido, porque o trabalho muscular tem grande importância para o estímulo do crescimento harmônico da face.
A amamentação estimula o desenvolvimento dos maxilares, já que o bebê é obrigado a:
Manter os lábios firmes ao seio materno para evitar o vazamento do leite, promovendo o fortalecimento da musculatura labial, que é responsável pelo correto fechamento do lábio.
Usar a língua para deglutir, estimulando o crescimento transversal (largura) do maxilar superior e a maturação da musculatura lingual (evitando problemas na fala e deglutição).
Levar a mandíbula (arcada inferior) para frente e para trás, repetidamente, para “ordenhar” o seio materno, estimulando o crescimento do maxilar inferior para frente.
E ainda precisa respirar pelo nariz, ao mesmo tempo. Isso estimula o desenvolvimento da região nasal, garantindo uma passagem mais ampla para o ar, evitando, com isso, amigdalite e pneumonia, entre outras doenças respiratórias.
Um bom desenvolvimento das vias respiratórias afasta a chance da criança se tornar uma respiradora bucal. Quando a criança respira pela boca, os dentes ficam ressecados e mais expostos à cárie, as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações, os dentes podem ficar tortos, aumentando ainda mais o risco de cárie.
O aleitamento materno previne a cárie
A desnutrição crônica tem sido apontada como causa de maior risco de cáries. Por ser o alimento que oferece a nutrição ideal, o leite materno é indicado para o bebê, especialmente nos primeiros 6 meses de vida, como alimentação exclusiva.
Crianças amamentadas no seio da mãe têm menos chances de desenvolver:
– atresia da maxila (arcada superior estreita)
– mordida aberta (dentes anteriores não se tocam)
– retrusão mandibular (queixo pequeno)
– apinhamento dental (falta de espaço para os dentes)
Bebês são mais tranquilos no seio da mãe
A criança fica mais tranqüila quando está no seio da mãe, sem ter que compensar a ansiedade com o bico artificial, bico este que, se utilizado inadequadamente, pode causar os problemas citados acima.
A amamentação no seio prepara o bebê para a mastigação
O bebê, que é aleitado no peito, além de satisfazer suas necessidades nutritivas e afetivas, também recebe um “treinamento” para o segundo reflexo da alimentação, que é a mastigação. Depois que terminar o período de amamentação, o início da mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos.
A criança que faz uso de mamadeira costuma tomar-se sua companheira ao longo de anos, habituando-se a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira) e, além disso, tende a recusar alimentos que requeiram mastigação.
Fonte: http://www.gvinculo.com.br/2014/02/vantagens-da-amamentacao-para-o.html
Desde o nascimento dos filhos, um dos momentos mais esperados é o da primeira palavra – e que ela seja, de preferência, “mamãe” ou “papai”. Mas, sem saber, os pais podem atrapalhar o caminho natural da criança rumo à fala. Veja algumas dicas que vão ajuda-lo neste processo:
- Não repita a palavra errada
Um dos equívocos mais comuns dos pais é repetir a palavra errada que o filho disse antes de corrigi-lo. Por exemplo: se a criança disser “pato” em vez de “sapato”, os pais não devem dar respostas como “não é ‘pato’, é ‘sapato’”. A melhor opção é somente repetir a palavra correta: “Ah, você quer o sapato? A mamãe vai pegar o sapato para você”. Nunca dê o modelo errado. E dar as duas informações para a criança pode dificultar o desenvolvimento da linguagem.
- Evite o “mimimi”
Trocar as consoantes e abusar dos diminutivos, dizendo por exemplo: “qui nenê bonitinho da mãezinha” em vez de “que nenê bonito da mamãe”, também atrapalha o desenvolvimento da linguagem infantil. Ao conversar com os filhos que ainda não sabem o som correto das palavras, é melhor não usá-las sempre no diminutivo. O ideal é empregar o vocabulário adequado desde a chegada do bebê, já que ele está desenvolvendo a fala durante os primeiros anos de vida.
- Não use palavras substitutas
Falar sempre corretamente com a criança é a melhor escolha que os pais podem fazer, embora às vezes pareça difícil. Falar errado ou substituir palavras por outras inexistentes, mas mais fáceis – como chupeta por “pepê” – pode parecer simples, mas não é. Como a palavra certa é outra, a criança tem que aprender duas vezes e também como a criança tende a se espelhar no adulto, se eles falarem errado, ela será influenciada.
- Não antecipe nem interrompa a criança
Quando a criança está com dificuldades para completar uma frase, não a apresse. É preciso deixá-la falar no tempo dela, e os pais não podem competir com isso. Se os pais se habituarem a antecipar o discurso, a criança sempre vai esperar que alguém fale por ela.
O problema se agrava na fase da gagueira, comum por volta dos três ou quatro anos de idade, nesta época costuma haver um aumento repentino do vocabulário e a elaboração mental não acompanha a elaboração motora. Ela acaba gaguejando, atropelando as palavras e as repetindo. Interromper as crianças o tempo todo também faz com que elas se estressem e fiquem inseguras para expressar seus pensamentos.
- Não aceite a linguagem gestual
Muitas crianças usam gestos para conseguir o que querem. A linguagem gestual pode ser uma ponte, mas deve ser superada. Se os pais sempre entregam ao filho um objeto simplesmente apontado, a criança se habitua e não aprende a pedir o que quer. Isso cria a substituição da linguagem oral pela gestual. Embora a criança ainda não fale, o pai deve explicar o que é aquilo. Por isso, no momento em que o filho apontar a mamadeira, é indicado que os pais digam: “Ah, você quer a mamadeira? Papai vai te dar a mamadeira”.
- Não permita chupeta ou mamadeira após os dois anos de idade
Permitir que a criança fale com a chupeta na boca atrapalha a pronúncia e dificulta o aprendizado. Estes hábitos causam um posicionamento incorreto e podem gerar até mesmo uma flacidez da língua.
- Não torne a palavra errada uma diversão para a família
Não raro, uma palavra falada errada soa tão divertida e engraçadinha que se torna um entretenimento familiar. Mas repetir demais a brincadeira pode trazer problemas. Prolongar por muito tempo uma forma de fala equivocada, dá aos pais, um prolongamento do tempo de infantilidade do filho. Quanto mais tempo isso prevalecer, mais complicado será corrigir.
- Fale na altura da criança sempre que possível
Recomenda-se aos pais ficar na mesma altura da criança ao se comunicar com ela. Abaixar para conversar e olhar no olho da criança é muito importante, para que ela tenha esse modelo visual. Poder observar os movimentos da boca do adulto colabora bastante para o desenvolvimento da fala infantil.
- Se necessário, procure ajuda
Cada criança tem um tempo de desenvolvimento próprio e isso também vale para a fala. Mas, existem alguns marcos que devem ser observados. A partir dos dois anos de idade a criança já deve ser capaz de dar um movimento ao diálogo, formando frases como “quer pão” ou “dá água”. Até os quatro anos e meio, a criança já deve conseguir usar a linguagem muito bem, explicando situações e articulando adequadamente todos os sons. Esta idade é o limite. Se a criança ainda tiver dificuldades depois deste período, é indicado procurar um profissional da área de Fonoaudiologia para fazer uma avaliação.
Como é possível estimular os pequenos para falar?
- Narre o mundo: Vá conversando com o pequeno, narrando cada detalhe do que você está fazendo. Se for um passeio no parque, aponte as árvores, a grama, os pássaros, nomeando-os.
- Dê atenção e espaço ao bebê: Passar um tempo se dedicando ao pequeno é importante para criar um ambiente emocional saudável e também para perceber o que a criança tem a dizer, mesmo sem usar as palavras. Não precisa ficar falando sem parar na frente do seu filho. O silêncio também é importante.
- Cante: Além da conversa, cantar para a criança é essencial. O som, a rima e o ato de cantar transformam a fala em brincadeira e isso ajuda no desenvolvimento da linguagem e do vocabulário.
- Leia histórias e poesias: As histórias estimulam a imaginação, aumentam o vocabulário e a curiosidade sobre a linguagem. Os poemas, por possuírem rimas, têm um ritmo e sonoridade acentuados, o que estimula a criança. Mas a leitura não pode ser mecânica. Coloque emoção e pontuação nas frases.
- Permita a convivência: Conviver com outras crianças é importante. As crianças se imitam, observam e isso gera uma experiência cheia de aprendizados.
- Criança aprende brincando: Tudo o que ele faz, porque ele procurou e foi atrás, vira brincadeira e gera mais aprendizado. Se o seu pequeno quer ler determinado livro, não insista com outro. Ajude-o a explorar o livro que escolheu. Basta prestar atenção para entender o que ele quer!
Fonte: Crescer
O que é Meningite Meningocócica?
A Meningite Meningocócica é uma grave infecção que ocorre nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca, prostração, febre alta são sintomas característicos do quadro de meningite. A forma de transmissão de doença é por meio de contato íntimo, como o beijo, através de secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro, compartilhamento de objetos ou aglomerações. Crianças de até 6 anos de idade ainda não tem seus sistemas imunológicos completamente consolidados, portanto, são as mais vulneráveis. Idosos e imunodeprimidos, também fazem parte do grupo de maior risco.
Pode ser causada por infecção bacteriana, viral, fúngica ou parasitária, porém a Meningite Bacteriana é a mais grave e que pode levar a sequelas neurológicas e a óbito.
Existem várias bactérias causadoras da Meningite, entre elas estão a Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae b e Streptococcus pneumoniae.
A prevenção contra Haemophilus influenzae b é feita na infância com a vacinação de rotina da Hexavalente e Pentavalente. Contra o Streptococcus pneumoniae a prevenção pode ser feita através da vacinação contra Pneumonia.
A prevenção contra a Neisseria meningitidis, que possui 5 sorogrupos, sendo eles: A, B, C, W-135, X e Y também pode ser feita através de vacinação contra Meningite.
Existem hoje no Brasil três vacinas disponíveis:
Vacina Meningocócica C, que previne contra o sorogrupo C;
Vacina Meningocócica ACWY, que previne contra os sorogrupos A, C, W-135 e Y.
Vacina Meningocócica B, que previne contra sorogrupo B.
Veja o Calendário de Vacinas por faixa etária: Calendário de Vacinas
Doenças pneumocócicas são aquelas causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae. Entre elas a pneumonia, meningite e otite (inflamação aguda do ouvido) são exemplos de doenças que podem ser causadas por essa bactéria. Sinusite, septicemia (infecção do sangue), artrite infecciosa e osteomielite (infecção dos ossos) são outras doenças pneumocócicas, causadas pela mesma bactéria.
Como as doenças pneumocócicas são transmitidas?
A bactéria Streptococcus pneumoniae (também chamada de pneumococo) é transmitida de pessoa para pessoa. Muitos carregam essa bactéria nas mucosas da garganta e do nariz. Um espirro ou tosse com a boca descoberta pode ser o suficiente para infectar outra pessoa. As doenças se desenvolvem quando a bactéria se multiplica no corpo, por uma incapacidade do sistema imunológico de combater o “invasor”.
Quem está sujeito a contrair essas doenças?
Qualquer pessoa pode ter a doença pneumocócica, mas algumas pessoas estão em maior risco do que outras, tais como: crianças com menos de dois anos de idade e adultos a partir de 65 anos; pessoas com doenças crônicas, como diabetes, câncer e insuficiência renal; pacientes com o sistema imunológico comprometido por outras doenças; e fumantes.
Como prevenir a doença pneumocócica?
Além da higiene, é fundamental que as pessoas mantenham hábitos saudáveis, como boa alimentação e uma rotina de exercícios físicos, além de não descuidar de doenças existentes como cardiopatias, diabetes, hipertensão e qualquer enfermidade que afete o sistema imunológico. A vacina é a forma mais eficiente de prevenir as doenças pneumocócicas.
A vacinação dá ao corpo as ferramentas para que defesas eficientes sejam produzidas naturalmente, evitando que a bactéria se espalhe e desenvolva alguma doença pneumocócica.
Vacina Pneumocócica 13 Valente é composta por 13 sorotipos de pneumococo . Os sorotipos 03, 6A/B e 19A são resistentes a antibióticos e estão entre aqueles mais importantes da doença pneumocócica invasiva. É uma aliada importante na prevenção de pneumonia necrosante, otite média (infecção de ouvido), meningite e infecção da corrente sanguínea.
Veja em nosso site o Calendário Completo de Vacinação para cada faixa etária: https://clipi.com.br/clipi-vacinas/#calendario
Fonte: http://www.pfizer.com.br/sua-saude/doencas-pneumococicas
O câncer afetava mais de 11 mil crianças e adolescentes em 2015 no Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer. Apesar de a doença ser muito temida e relacionada à morte, dados do INCA estimam quem em torno de 70% das crianças com câncer podem ser curadas, desde que diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. Passar pela difícil fase do tratamento, contudo, é algo que exige muito esforço e dedicação, tanto da família quanto da criança. Psicólogos e psiquiatras explicam como lidar com os principais desafios desse período com as orientações que você confere a seguir.
Como contar e explicar o câncer?
A severidade de um câncer e as sequelas decorrentes ao tratamento marcam a história da criança de maneira única. Mais cedo ou mais tarde, portanto, ela precisará saber o que está acontecendo, mas o momento ideal e a forma de abordagem dependem da idade e da personalidade de cada criança. A decisão de como e quando contar deve ser resolvida em conjunto: médico, família e psicólogo.
É aconselhável não deixar de responder sempre as perguntas que a criança fizer, pois o silêncio traz mais insegurança. A forma de contar pode ser diferente, mas é preciso sempre conversar e dizer a verdade, de modo que ela se sinta mais tranquila. Ela precisa compreender o que está vivendo e a importância de seu tratamento, até para que ela colabore mais com esse período.
Reação dos pais na frente da criança
A criança se espelha nos pais e se sente segura com eles. Por isso, a reação deles irá influenciar também a reação do filho diante do câncer. Chorar e ficar triste faz parte e não é preciso esconder isso da criança, mas é necessário estabelecer um limite para não viver todos os dias com aborrecimento. É muito importante que os pais procurem ter uma postura mais positiva, confiando de verdade no médico e no tratamento que o filho irá receber.
Pais que ficam ansiosos demais acabam deixando a criança angustiada – e isso pode até prejudicar a condição de saúde dela.
Reação de coleguinhas na escola
A ausência da criança por longos dias na escola e as mudanças físicas, sobretudo a queda de cabelo por conta da quimioterapia, podem gerar estranhamento dos colegas de classe. Por isso, pais e escola podem trabalhar juntos para preparar as crianças. O ideal é usar materiais apropriados para a idade desses alunos, explicando o que é câncer e como ele é tratado, sempre com uma linguagem bem acessível e lúdica.
Limitações da criança por causa do tratamento
Dependendo do tipo de tratamento contra o câncer, a criança ficará mais debilitada, sentindo cansaço e com outros efeitos colaterais. Diante disso, muitos pais tendem a superproteger o filho ou vê-lo como vítima. Essa atitude, porém, não é a mais saudável. Os pais devem acolher a criança com amor e ao mesmo tempo dar o espaço certo para que ela possa também se desenvolver e criar forças para conseguir vencer os desafios sem ser tão dependente. Um psicólogo pode orientar melhor os pais nessa tarefa.
Medo e tristeza da criança
O câncer pode dificultar a vida da criança de várias formas: mudando as atividades do dia a dia, dando limitações físicas e prejudicando a autoestima. Tantas mudanças negativas podem causar distúrbios de comportamento, isolamento social, sintomas de depressão, transtornos de humor, entre outros.
Para combater esses problemas, a criança precisa ter sempre tempo e incentivo para brincar e se divertir. Tentar fazer, no hospital, com que a criança sinta-se em um local agradável, com brincadeiras, contação de histórias e até escola para que ela não perca o aprendizado. Além disso, o acompanhamento de psiquiatras e psicólogos especialistas em Psico-oncologia é fundamental.
Hospitalizações por longos períodos
Algumas crianças precisam ficar dias e até meses internadas no hospital, dependendo do tipo de câncer. Procurar tornar esse ambiente mais agradável faz toda a diferença. Incentivar visitas frequentes de amigos e familiares é um dos principais pontos. Além disso, os pais podem levar brinquedos e outros objetos de casa para a criança se sentir mais confortável.
Mudança na rotina da família
Muitas vezes, um dos pais precisa até sair do emprego e mudar de cidade para conseguir acompanhar o tratamento do filho. Essa pessoa acaba ficando sem ver os outros filhos e familiares por muito tempo. Todos sofrem com essa desestrutura, mas é importante lutar para que o vínculo entre a família não se perca.
As especialistas orientam que os pais procurem manter a relação como casal durante o período de tratamento, lembrando sempre que eles têm um ao outro como apoio nessa fase. Os outros filhos também precisam ter atenção e carinho, principalmente se são crianças novas. Toda a família precisa permanecer firme e unida para que a criança em tratamento sinta-se mais acolhida e tenha melhor recuperação.
Fonte: http://www.magscan.com.br/blogmagscan/2016/02/15/dia-internacional-de-combater-ao-cancer-infantil/
A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Instituto Datafolha ouviram 1.525 crianças brasileiras de 4 a 10 anos, de todas as classes econômicas, em 131 municípios. O trabalho foi realizado com base no instrumento de avaliação de qualidade de vida AUQEI e o desenho amostral elaborado com base no Censo de 2010 (IBGE). A pesquisa sobre estados emocionais foi quantitativa, com abordagem domiciliar. Teve como objetivo conhecer mais profundamente os desejos e necessidades dos pacientes pediátricos, para que seu médico possa, cada vez melhor, orientar as famílias nas consultas.
As crianças responderam uma questão aberta: “O que você mais gosta de fazer quando não está na escola?”. Além disso, foram propostas 26 situações, para que utilizando uma escala visual de cinco pontos (cartão “de carinhas”), manifestassem seu estado de alegria ou tristeza frente a cada uma. A criança respondeu na presença do responsável, após sua autorização.
O que sentem? Do que gostam?
O que deixa a criança “muito alegre” e “alegre” é o dia do seu aniversário (96% das respostas), praticar esporte (94%), brincar com os amigos (92%), as férias escolares (91%), assistir TV (90%). A situação na qual se sente “muito triste” e “triste” (71%) é ficar longe da família.
Mas independente da natureza, os primeiros lugares ficaram com jogar bola (33%), brincar de boneca/boneco (28%) e assistir TV (26%). Andar de bicicleta veio a seguir, com 19%. O pega-pega ficou 17%. Empataram, com 14 % das preferências, o esconde-esconde, brincar de carrinho e video game. Na sequência, estão brincar de casinha (10%) e no computador (9%). Apareceram também soltar pipa e desenhar/pintar (6%), pular corda (5%), brincar de corrida, com brinquedos (sem especificar qual), animal de estimação e estudar (4%).
Dicas da SBP para as famílias
O principal é o carinho.
O que faz a criança feliz não é o brinquedo, é brincar, é conviver com a família e amigos. Os pequenos não são consumistas.
O núcleo familiar proporciona sensações alegres e prazerosas
Fica clara a grande importância dada pelas crianças ao convívio – tão decisivo para o seu desenvolvimento emocional e cognitivo -, não apenas com a família nuclear, mas também a “estendida”.
87% dos entrevistados se definem como “alegres” ou muito alegres” quando estão com os avós, na mesa com a família e quando pensam na mãe.
83% se dizem também “alegres” ou “muito alegres” quando brincam com os irmãos e 78% quando pensam nos pais.
Criança gosta de estar com criança. Até por isso fica tão feliz no aniversário.
47% dos entrevistados informaram que ficam “tristes” ou “muito tristes” quando brincam sozinhos. A convivência deve ser incentivada.
As brincadeiras tradicionais trazem mais alegria.
Apesar da forte presença da TV e dos eletrônicos em geral (o computador é importante principalmente entre os mais velhos), não apenas ainda existe o Brasil das brincadeiras tradicionais, como essas ainda trazem mais alegria do que as propostas mais atuais de diversão/lazer. É importante incentivá-las.
Brincadeiras de rua, apesar das limitações impostas pela violência urbana, e mesmo que não praticadas, estão em primeiro lugar no desejo das crianças.
TV, computador e falta de outras opções.
Em geral, a criança se volta para o brinquedo eletrônico quando está sozinha. Mas se for oferecida uma alternativa, prefere.
Os eletrônicos entram na vida da criança muito cedo e ganham espaço excessivo quando faltam alternativas. Os pequenos acabam se acostumando, adquirindo o hábito.
É preciso oferecer outras experiências, criar mecanismos para que possam fazer atividades apropriadas à faixa etária.
É muito importante que as crianças, desde pequenas, sejam incentivadas à pratica esportiva e demais bons hábitos.
Atividades individuais são um pouco mais comuns (85%) que as sociais (74%) – mas essas devem também ser incentivadas, pois criam sentido de sociedade, compartilhamento, ganhar e perder, respeitar, características importantes, que surgem para as pessoas no seu crescimento e desenvolvimento através das brincadeiras.
As crianças brasileiras têm uma imagem de si mesmas atual e futura muito boa e com confiança.
A maioria fica alegre quando vê uma fotografia sua (86% alegria) e quando se imagina adulta (87%).
O futuro é bem-vindo.
87% dos entrevistados ficam “alegres” ou “muito” quando pensam em si mesmos como pessoas grandes. A situação foi proposta para os que têm entre seis e 10 anos.
Fonte: http://www.conversandocomopediatra.com.br/paginas/campanhas/crianca_feliz.aspx
Recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria para mãe que amamentam e apresentem a Gripe A (H1N1- Gripe Suína).
A gripe A é causada por um vírus denominado H1N1 que se transmite de pessoa a pessoa, como a gripe comum;
A amamentação é uma fonte segura e confiável de alimento, apresentando uma infinidade de células e anticorpos que combatem várias doenças, ajudando a proteger os bebês contra germes e enfermidades (lembrar que as fórmulas não transmitem proteção contra doenças);
O leite materno pode oferecer proteção adicional ao bebê contra complicações da gripe, como sintomas respiratórios severos, diarréia, outras infecções gastrointestinais e desidratação;
O risco da gripe A – H1N1 (suína) ser transmitida pelo leite materno ainda é desconhecido;
Relatos de gripes sazonais transmitidas através do aleitamento materno são raros e quando a mãe começa a apresentar sinais de síndrome gripal, na verdade o bebê já esteve exposto;
O DCAM da SBP recomenda a manutenção da amamentação em casos de nutrizes doentes pela nova gripe. Entretanto, recomendamos as seguintes medidas cautelares:
- A nutriz deve usar máscaras durante a amamentação e lavar frequentemente as suas mãos com água e sabão, podendo usar o álcool gel em seguida, deixando que seque naturalmente, principalmente antes de amamentar;
- Lavar com frequência, também as mãos dos bebês;
- Evitar o uso de chupetas e bicos que podem ser veículos de transmissão. Em caso de uso, deve-se fervê-los com frequência;
- Caso a nutriz esteja muito doente e enfraquecida, e não consegue amamentar, sugere-se alguém da família, sadio, após lavar as mãos e com máscara, para ajudar na ordenha. Oferecer o leite materno ao bebê pela técnica do copinho (nunca por chucas ou mamadeiras). Consulte a técnica de uso do copinho no site da SBP: http://www.sbp.com.br/show_item2.cfm?id_categoria=21&id_detalhe=1722&tipo_detalhe=s;
- Adultos e crianças afetados devem manter nariz e boca cobertos ao tossir ou espirrar e ainda, a higiene nasal deve ser realizada de forma mais segura com lenços descartáveis.
Fonte: http://www.febrasgo.org.br/site/?p=863
É preciso engajamento da família e muita criatividade.
Mudança nos hábitos alimentares preocupa Ministério da Saúde. Pesquisa inédita que mediu peso e pressão arterial dos brasileiros alerta que mais da metade da população está acima do peso e uma em cada quatro mulheres são obesas.
O consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura começa cedo no Brasil. Estudo do Ministério da Saúde revelou que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial. Além das mudanças nos hábitos alimentares na infância, os dados alertam para os crescentes índices de excesso de peso e obesidade em adultos.
O excesso de peso é um problema grave, porque é um fator de risco para doenças do coração e outros problemas crônicos. É fundamental trabalharmos o incentivo a prática de exercícios e alimentação saudável desde cedo com as nossas crianças para reverter esse quadro. As crianças, muitas vezes, ajudam na conscientização e mudança de hábito dos pais.
Como melhorar a alimentação da criança?
Evite comprar e estocar alimentos industrializados, que são açucarados ou gordurosos, como bolachas, salgadinhos, refeições pré-preparadas, etc;
Deixe a disposição da criança grande variedade de frutas e legumes, dando preferência às frutas cítricas e aos vegetais comidos crus;
Os vegetais que necessitam ser cozidos devem ser preparados ao vapor, com o mínimo de sal e azeite;
Não ofereça refrigerantes e sucos industrializados, dê preferência à água e sucos naturais;
Tenha um prato de tamanho adequado para a criança, pois um prato muito grande induz ao consumo de quantidade de comida;
Use criatividade no preparo e na forma de arrumar os alimentos no prato;
Evitar que a criança fique distraída durante a refeição, não deixando que veja televisão ou utilize jogos;
Estimule a atividade física da criança, você adotar algumas estratégias simples como:
Envolver a criança nas tarefas domésticas como jardinagem, lavar o carro ou a limpeza da casa;
Andar a pé ou de bicicleta quando o percurso é curto, por exemplo, ir à padaria ou farmácia; em vez de pegar o carro ou ônibus;
Incluir caminhadas ou passeios de bicicleta ao ar livre, perto de casa ou em parques nos finais de semana;
Reduzir o tempo que a criança pode assistir televisão, jogar no computador, tablet, celular ou videogame para 1 hora por dia, no máximo;
Participe das atividades e brincadeiras que a criança gosta de fazer como chutar à bola, jogar basquete ou brincar ao pega-pega;
Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/19289-mais-de-30-das-criancas-consomem-refrigerante-antes-dos-2-anos