Categoria: gastropediatria

21 de agosto de 2017

A Doença Celíaca é uma enteropatia crônica do intestino delgado, de caráter autoimune, desencadeada pela exposição ao glúten (principal fração proteica presente no trigo, centeio, cevada, aveia e malte) em indivíduos geneticamente predispostos.

Quais as indicações para que se investigue a DOENÇA CELÍACA? O exame para a investigação da doença celíaca deve ser realizado nos pacientes que apresentam:

1) Sintomas clássicos da doença celíaca:

– Diarreia crônica, associada à distensão abdominal e perda de peso;

2) Sintomas não clássicos da doença celíaca:

– Baixa estatura;

– Anemia persistente;

– Osteoporose;

– Hipoplasia do esmalte dentário;

– Aftas recorrentes;

– Constipação intestinal refratária ao tratamento;

– Atraso puberal;

– Irregularidade no ciclo menstrual;

– Esterilidade;

– Abortos de repetição;

– Manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia);

– Neuropatia periférica;

– Artralgias (dor nas “juntas”) ou artrites;

– Fraqueza;

– Perda de peso sem causa aparente;

– Alteração das enzimas do fígado sem causa aparente.

3) Parentes de primeiro grau (pais e irmãos) de pacientes com a doença celíaca;

4) Doenças autoimunes:

– Diabetes melito dependente de insulina

– Tireoidite autoimune

– Deficiência seletiva de IgA

– Síndrome de Sjögren

– Colestase autoimune

– Miocardite autoimune

5) Síndrome de Down

6) Síndrome de Turner

7) Síndrome de Williams

8) Dermatite herpetiforme

Se seu filho apresenta algum desses critérios acima, procure um gastropediatra para realizar o exame de triagem para doença celíaca (que é um exame de sangue) e, se positivo, a confirmação deve ser feita por meio da biópsia do intestino delgado através da endoscopia digestiva alta.

O tratamento da doença celíaca consiste na dieta sem glúten por toda a vida.

Dra. Daniela Mendonça – Gastropediatra (CRM 20908 / RQE 12409)

9 de agosto de 2017

Texto de Daniela Mendonça – Gastropediatra da Clínica CLIPI (CRM 20908 / RQE 12409)

A lactose é o açúcar do leite e é o segundo principal componente do leite materno.

Por isso, geralmente os bebês não apresentam intolerância à lactose até os 2 anos de idade e quando têm algum problema com o leite, na maioria das vezes é alergia à proteína do leite de vaca (APLV).

A intolerância à lactose é uma síndrome clínica composta por um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal, diarreia, náusea, flatulência e/ou distensão abdominal após a ingestão de lactose ou de produtos alimentícios contendo lactose. A quantidade de lactose necessária para desencadear os sintomas varia de indivíduo para indivíduo, dependendo da porção de lactose ingerida, do grau de deficiência de lactase (enzima que digere a lactose) e do tipo de alimento com o qual a lactose foi ingerida. A maioria dos casos desenvolve os sintomas no final da adolescência e na vida adulta.

Alergia é uma reação do sistema imunológico a algo que ele considera estranho, no caso da APLV, a reação é contra as proteínas do leite de vaca. Na APLV não mediada por IgE os sinais e sintomas são principalmente gastrointestinais, como diarreia com sangue e muco, vômitos persistentes, refluxo gastroesofágico de difícil controle, cólicas abdominais intensas, distensão abdominal importante, constipação intestinal por proctite e, em associação a esses sinais, o bebê pode apresentar irritabilidade e/ou baixo ganho de peso e/ou assadura recorrente de difícil tratamento. É mais prevalente em crianças menores de 2 anos e tende a melhorar com o crescimento da criança até os 5 anos de idade.

Se o bebê é amamentado e apresenta sinais de APLV, a mãe deve fazer a dieta de restrição à proteína do leite de vaca, ou seja, deve parar de ingerir leite, derivados e alimentos contendo leite. Também deve evitar a proteína da soja e de outros leites animais, como cabra e búfala, pois são proteínas semelhantes a do leite de vaca e podem fazer reação cruzada provocando os mesmo sintomas na criança. No caso da APLV, não adianta usar produtos sem lactose, pois o problema não é a lactose e sim a proteína do leite.

Esse post foi feito para reafirmar que o leite materno é sempre o melhor alimento para o bebê e que existem poucas e raras contra indicações para a amamentação!

Para agendar sua consulta com a Dra. Daniela Mendonça ligue: (47) 3367-2727

22 de fevereiro de 2017

Colite é uma inflamação no intestino. Na colite alérgica, essa inflamação é causada pelo contato de proteínas alergênicas alimentares com o intestino, provocando lesões microscópicas e sofrimento intestinal.
A principal causa de colite alérgica em bebês e crianças é a ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV).
E a principal manifestação da colite alérgica é DIARREIA COM SANGUE E MUCO.
Portanto, na colite alérgica, o paciente pode apresentar qualquer um desses SINAIS E SINTOMAS:

DIARREIA (que é o aumento do número de evacuações e/ou a mudança da consistência das fezes para mais amolecidas);
FEZES COM SANGUE E MUCO;
CÓLICAS INTESTINAIS INTENSAS;
DISTENSÃO ABDOMINAL (BARRIGA MUITO INCHADA);
IRRITABILIDADE INTENSA.

É importante frisar que MUCO ISOLADO não é considerado reação alérgica de colite, ou seja, se a criança apresentar muco (catarro) nas fezes sem outros sintomas é considerado normal. Mas se apresentar fezes com muco e sangue ou presença de muco nas fezes e cólicas intensas ou muco nas fezes e irritabilidade intensa, ou seja, fezes com muco e mais algum outro sintoma, aí sim é considerado reação alérgica.
O bebê com APLV não mediada por IGE (quando não há produção do Anticorpo IgE), geralmente precisa de um período entrando em contato com leite para apresentar os sintomas da colite, esse tempo varia de 7 dias a 2 meses em média, mas pode demorar mais. Esse contato pode ser direto ao ingerir leite (fórmulas para lactentes) ou indireta, através da ingestão de leite materno e a mãe consumindo leite, derivados e alimentos contendo leite.
O tratamento da colite alérgica é a exclusão do alimento alergênico da dieta, no caso da APLV, a proteína do leite de vaca deve ser retirada da dieta por um período que varia de 3 meses a 5 anos.

Se seu filho apresenta esse quadro clínico, procure um gastropediatra para acompanhamento e tratamento.
Dra. Daniela Mendonça (CRM SC 20908) é médica Gastropediatra na Clínica CLIPI.
Para agendar uma consulta ligue (47) 3367-2727 | Piso Superior.
CLIPI | Clínica Pediátrica Integrada e Centro de Vacinas

6 de fevereiro de 2017

Alergia é uma reação do sistema imunológico a algo que ele considera estranho, no caso da APLV, a reação é contra as proteínas do leite de vaca.

O reconhecimento e o diagnóstico ainda são difíceis, uma vez que ainda não há um teste único ou combinação de exames para definição, sendo o diagnóstico na maioria das vezes realizado pelos sintomas clínicos.

Além disso, cada criança pode apresentar uma forma e intensidade diferente da APLV. Os sintomas são variados e podem ser separados conforme o tipo de mecanismo imunológico.

Alergia NÃO mediada por IgE : (não há produção do Anticorpo IgE)

– Sangue e muco nas fezes

– Diarreia persistente

– Vômitos /regurgitações

– Refluxo gastroesofágico

– Baixo ganho de peso

– Distensão abdominal

– Cólicas abdominais intensas

– Irritabilidade extrema

– Assaduras recorrentes ou de difícil tratamento

Alergia mediada dor IgE (Reações Imediatas): (existe produção do Anticorpo IgE)

– Síndrome de alergia oral (fica vermelho ao redor da boca após contato com o leite)

– Anafilaxia gastrointestinal (vômitos e diarreia logo após ingerir leite)

– Urticária (manchas vermelhas na pele)

– Angioedema (incha os olhos e a boca)

– Rinite e conjuntivite alérgicas

– Choque anafilático

Alergia mista (há envolvimento dos dois mecanismos)

– Dermatite atópica

– Asma Brônquica

– Esofagite eosinofílica

O tratamento é NUTRICIONAL, portanto a proteína do leite de vaca deve ser excluída da dieta da criança por um período que pode variar de 6 meses a 5 anos, mas alguns poucos casos por mais tempo.

Atualmente são usados “leites especiais” para a substituição do leite de vaca, que são as fórmulas extensamente hidrolisadas ou à base de aminoácidos, sendo as únicas indicadas para uma dieta adequada em crianças com APLV. Quando o bebê mama leite materno, a dieta de exclusão é feita na mãe e o leite materno sempre deve ser mantido.

Algumas crianças APLV também reagem a proteína da soja e nesses casos, também deve ser retirada da dieta.

O importante é que a maioria das crianças melhoram, ou seja, se tornam tolerantes a proteína do leite de vaca, mas para que isso aconteça é necessário a exclusão da proteína alergênica da dieta por um tempo.

Os pais e a família das crianças com APLV precisam de apoio e informações claras, por isso, procurem um bom pediatra ou gastropediatra ou alergista pediátrico para acompanhar.

Seu filho precisa de uma consulta bem feita e de um profissional competente, atencioso e disponível, que explique sobre a alergia e esteja acessível para as dúvidas e intercorrências que poderão surgir.

(Daniela Mendonça CRM 20908 | RQE 12409)

 

3 de janeiro de 2017

GASTROENTERITE AGUDA (Dra. Daniela Mendonça – CRM SC 20908).

Com a chegada do verão há uma maior disseminação de enterovírus, que são vírus que têm preferência pelo intestino e por isso causam GASTROENTERITE AGUDA / DIARREIA AGUDA, que é a famosa VIROSE.

Outra causa muito comum de diarreias e vômitos nessa época, é a INTOXICAÇÃO ALIMENTAR devido à má conservação dos alimentos e/ou contaminação dos alimentos após manipulação por pessoas que não realizaram a lavagem das mãos de forma adequada.

Os sintomas são:

– DIARREIA – aumento do número de evacuações e/ou mudança da consistência das fezes para mais amolecidas e líquidas;

– VÔMITOS e NÁUSEAS;

– DOR ABDOMINAL;

– MAL ESTAR GERAL;

– Pode ou não ter FEBRE.

Sintomas com Indicação para ir ao HOSPITAL para atendimento médico:

– Sinais de DESIDRATAÇÃO:  Boca seca, Olhos fundos e sem lágrimas, Sem diurese (xixi) há mais de 8 horas,  Irritabilidade ou apatia (sonolência);

– VÔMITOS INCOERCÍVEIS (Vômitos constantes que não melhoram mesmo após medicação ou soro de reidratação oral);

– Diarreia com sangue (DISENTERIA)

Tratamento:

O tratamento é repor as perdas por meio da hidratação, que podem ser:

– Hidratação via oral (pela boca) – SORO DE REIDRATAÇÃO ORAL, que deve ser oferecido após cada diarreia e vômito;

– Hidratação endovenosa (soro na veia) nos casos mais graves.

Além disso, a dieta deve ser leve, em pequenas porções várias vezes ao dia.

Em crianças, não se deve dar isotônicos, o ideal é sempre oferecer o soro de reidratação oral, atualmente existem várias formulações com sabores e por isso, com melhor aceitação.

A diarreia aguda pode durar até 14 dias, se não melhorar após esse período, procure o médico (pediatra ou gastropediatra).

A Dra. Daniela Mendonça (CRM SC 20908) é Gastropediatra na Clínica Clipi, para agendar uma consulta ligue: (47) 3367-2727.

17 de outubro de 2016

Perguntas e Respostas por Dra. Daniela Mendonça (Gastropediatra na Clínica Clipi).

1) Para que serve a vacina do Rotavírus?

– A vacina protege contra gastroenterite aguda (diarreia e vômito) causada por infecção pelo rotavírus.

A infecção por rotavírus é a causa mais comum de diarreia grave em crianças menores de 5 anos de idade, responsável por um grande número de internações devido à gravidade que a doença acomete o paciente.

2) A vacina é segura?

– Sim, deve ser feita em todas as crianças aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de idade.

3) Quem NÃO pode receber a vacina?

– Pacientes com imunodeficência primária ou secundária (HIV);

– Pacientes com má formação gastrointestinal congênita não corrigida;

– História de intussuscepção anterior;

– Pacientes que apresentaram reações de hipersensibilidade conhecida após administração da primeira dose da vacina.

4) Quais os efeitos adversos da vacina?

– São geralmente leves: irritabilidade, perda do apetite, diarreia, vômito, flatulência, dor abdominal e febre baixa.

5) A vacina do rotavírus causa Alergia a proteína do leite de vaca (APLV)?

– NÃO, não há nenhum estudo científico demonstrando aumento ou desencadeamento de APLV nas crianças que receberam a vacina do rotavírus;

– O que acontece nessas crianças é que o intestino já estava sensível e como a ação da vacina é intestinal, os sintomas da APLV podem ficar mais evidentes.

6) O paciente com APLV pode receber a vacina do rotavírus?

– A maioria SIM, mas cada caso deve ser avaliado individualmente.

7) Alguns bebês podem apresentar sangue nas fezes após a vacina do rotavírus?

– Sim, algumas crianças podem apresentar laivos de sangue nas fezes após 2-3 dias da vacina e durar até 40 dias, com melhora espontânea e não contra indica as próximas doses da vacina.

– Esses casos podem ser confundidos com Alergia a proteína do leite de vaca (APLV), mas tendem a melhorar independente da dieta.

Sempre que a mãe perceber sangue nas fezes do bebê, deve levá-lo ao pediatra para avaliar se é intussuscepção / invaginação intestinal (quadro mais grave), APLV ou reação vacinal.

19 de setembro de 2016

A retirada das fraldas é um marco de crescimento extremamente importante na primeira infância: sai de cena o bebê que deita para receber cuidados e entra uma criança que precisa ser mais independente e autônoma para fazer por si mesma.

É necessário que a criança tenha as condições de entender o processo para que ela possa ser desfraldada sem que isso cause transtornos emocionais, psicológicos e até clínicos. Algumas crianças que ainda não estão preparadas para esse processo podem evoluir com constipação intestinal (intestino preso) ou infecção urinária, por isso é preciso avaliar se a criança está realmente preparada para o desfralde.

Cada criança é única e precisa ser acompanhada individualmente. Normalmente, qualquer tentativa antes dos 2 anos, pode ser frustrante para todos. O desenvolvimento neuropsicomotor da criança deve ser respeitado e sabemos que os esfíncteres que controlam as eliminações de urina e fezes estão maduros neurologicamente entre 2 anos e meio a 3 anos de idade.

Portanto, devemos observar fases da criança para iniciar o desfralde:

FASE -1 – A criança consegue te avisar que FEZ

Essa percepção da criança em sentir que está com xixi ou cocô demonstra que ela está iniciando o processo do desfralde, mas precisa ter as 3 fases associadas para obter sucesso com a retirada das fraldas.

FASE -2 – A criança consegue te avisar que ESTÁ FAZENDO

Nessa fase, a criança começa a ter a sensação da passagem de suas eliminações pelo reto e pela uretra, mas ainda não consegue reter ou segurar. Ou seja, falta a consciência do ato.

FASE -3 – A criança consegue te avisar que QUER FAZER

A criança já consegue avisar, controlar e segurar as fezes e urina. É nessa fase que o desfralde deve ser realizado e será rápido, tranquilo e sem traumas.

O ideal é respeitar o tempo de cada criança, dar apoio emocional e motivar para que o desfralde seja realizado de forma tranquila e segura.

(Daniela Mendonça| Gastroenterologista Pediátrica  – CRM 20908 | RQE 12409).

31 de agosto de 2016

Um vilão que pode entrar disfarçado na sua casa!

Nenhuma criança entre 2 e 18 anos deve consumir mais de 25g de açúcar, o equivalente a 6 colheres de chá ou 100 kcal adicionados nos alimentos por dia. O alerta foi feito na última semana pela Associação Americana de Cardiologia para pais e responsáveis.

No caso das bebidas açucaradas como refrigerantes, sucos, chás e isotônicos, o consumo máximo é de até 350 ml, ou seja, menos de uma latinha. Para os pequenos abaixo de 2 anos, no entanto, a recomendação é mais radical: zero açúcar adicionado!

E todo esse barulho não é sem motivo. O consumo exagerado de açúcar pode desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, cárie, entre outras doenças crônicas, por isso é preciso ficar muito atento.

Atenção também na hora de escolher os produtos que entram no carrinho do supermercado. Bolachas, iogurtes, leite achocolatado, papinhas, macarrão instantâneo podem virar vilões.  Pois nem sempre o açúcar vem com este nome, muitas vezes vem disfarçado, veja outros nomes do vilão:

Dextrose

xarope de milho

açúcar mascavo, açúcar demerara

frutose

açúcar invertido

maltose

dextrose

sacarose

maple syrup

cana de açúcar

melado

maltodextrina

suco de fruta concentrado

suco de maçã

O ideal mesmo é que na dieta das crianças haja sempre um maior consumo de frutas ao natural e vegetais frescos, assim como cereais e grãos integrais e não processados.

 

fonte: http://www.paisefilhos.com.br/familia/criancas-nao-devem-consumir-mais-do-25g-de-acucar-por-dia/

29 de junho de 2016

O RGE no bebê de até 2 anos de idade pode ou não ser doença e por isso vou resumir um pouco os conceitos:

– Refluxo gastroesofágico fisiológico: o leite/alimento volta do estômago para o esôfago e boca, geralmente evoluindo com vômitos, mas a criança ganha peso, é feliz e não adoece. Comum até 6 meses de idade em bebês que mamam leite materno ou fórmulas lácteas, melhora progressiva após a introdução de alimentos sólidos. Não precisa de tratamento medicamentoso na maioria dos casos.

– Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): a criança vomita, geralmente perde peso, é irritada ou incomodada, perde o apetite ou mama em excesso, se arqueia para trás após as mamadas, tem o sono inquieto. Precisa de tratamento medicamentoso e acompanhamento com gastropediatra.

– Refluxo gastroesofágico oculto : a criança normalmente não vomita ou vomita pouco, mas tem otites de repetição, chiado no peito que não melhora com as medicações de controle, perda de peso inexplicável, irritabilidade sem motivos aparentes. É um diagnóstico difícil, precisa de acompanhamento com gastropediatra e algumas vezes de um exame específico chamado phmetria.

# O LEITE MATERNO É SEMPRE O MELHOR ALIMENTO PARA O SEU BEBÊ!

Se seu filho (a) tem sintomas de refluxo, converse com o seu pediatra ou procure um gastropediatra.

Dra. Daniela Mendonça é Gastropediatra na Clínica Clipi, para agendar uma consulta ligue: 3367-2727

29 de maio de 2016

A Doença Celíaca (DC) é uma doença autoimune, causada pela intolerância permanente ao glúten – principal fração proteica presente no trigo, centeio, cevada, aveia e malte (sub-produto da cevada) – e que se expressa por enteropatia mediada por linfócitos T, em indivíduos geneticamente predispostos.

Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nos adultos e idosos.

Três formas de apresentação clínica da DC são reconhecidas: clássica ou típica, não clássica ou atípica, e assintomática ou silenciosa:

I Forma Clássica: caracterizada por diarréia crônica (diarréia que dura mais de 30 dias), em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. É um quadro mais grave e mais frequente em crianças pequenas.

II Forma Atípica: caracteriza-se por quadro com poucos sintomas, em que as manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano.

Os pacientes deste grupo podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à reposição de ferro por via oral, anemia por deficiência de folato e vitamina B12, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal crônica, atraso puberal, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), neuropatia periférica, miopatia, manifestações psiquiátricas – depressão, autismo, esquizofrenia -, úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, fraqueza, perda de peso sem causa aparente, edema de aparição abrupta após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.

III Forma Silenciosa: caracterizada por alterações sorológicas e histológicas da mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na ausência de manifestações clínicas. Geralmente diagnosticada nos parentes de primeiro grau dos pacientes com DC.

O diagnóstico é feito por meio dos marcadores sorológicos (que é um exame de sangue) e confirmado com a biópsia do intestino delgado através da endoscopia digestiva alta.

O tratamento da DC consiste na dieta sem glúten, devendo-se, portanto, excluir da alimentação alimentos que contenham trigo, centeio, cevada, malte e aveia, por toda a vida.

A Dra. Daniela Medonça é Gastropediatra na Clínica Clipi, para agendar consultas ligue: 3367-2727 | Piso Superior