Categoria: endocrinologia

19 de fevereiro de 2018

Como é o crescimento normal?
No primeiro ano de vida as crianças crescem em média 25cm; no segundo, 12cm; no terceiro ano entre 7-8cm e a partir do quarto ano entre 5-7cm ao ano. Antes de entrar em puberdade elas desaceleram um pouco, o que é normal, e na puberdade a velocidade de crescimento pode chegar a 10-12cm ao ano. Após essa fase, o ritmo de crescimento diminui lentamente, até terminar.

Como saber se meu filho cresce bem?
Durante as consultas pediátricas periódicas, a criança sempre deve ser pesada e medida e seus dados registrados em uma curva de crescimento. Esta é a maneira mais simples e eficaz de avaliar o crescimento. É importante lembrar que não existe uma altura ideal para cada idade e sim uma faixa de normalidade, que abrange várias estaturas, pois cada criança tem um potencial de crescimento individual, que deve ser reconhecido e respeitado. Na puberdade principalmente a variação é bem grande entre indivíduos da mesma idade.

Quais fatores interferem no crescimento?
Nos primeiros dois anos de vida a nutrição é o fator que mais interfere no crescimento. A partir dessa idade os fatores genéticos (como as alturas dos pais) passam a ter maior influência na determinação da estatura da criança. O crescimento também é influenciado pela alimentação, atividade física, doenças, uso de medicamentos e fatores psicológicos.

Quando uma criança apresenta baixa estatura?
Uma criança tem baixa estatura quando cresce abaixo da última linha do gráfico ou está desacelerando sem motivo, saindo da faixa esperada para sua família. Estas situações devem ser investigadas cuidadosamente pelo pediatra e endocrinologista pediátrico.

Toda criança com baixa estatura precisa ser tratada?
Na maioria das vezes a criança é baixa, mas é absolutamente normal: a baixa estatura ocorre por ela ter pais baixos ou por ter um crescimento mais lento, mas com uma estatura final normal (próxima à linha inferior do gráfico). Nessas situações, geralmente apenas se acompanha o crescimento. Quando a investigação mostra que a baixa estatura resulta de alguma doença, ela deve ser tratada. São várias as causas de um crescimento deficiente, como desnutrição, erros alimentares, e qualquer doença crônica tem potencial para prejudicar o crescimento normal, incluindo as síndromes genéticas (como nas síndromes de Turner e de Noonan), crianças que nascem muito pequenas e não recuperam seu canal de crescimento até os 2 anos de idade, deficiência do hormônio de crescimento, hipotireoidismo, entre outras situações.

Dicas úteis:
Garanta uma alimentação variada e balanceada, sono em duração e horários adequados (mínimo 8 horas por noite), atividade física regular, calendário de vacinação sempre atualizado e exposição solar para produção de vitamina D. Mantenha a rotina de consultas pediátricas para acompanhar seu crescimento.

O Dr.  Paulo R. F do Nascimento é médico Endocrinologista Pediátrico da CLIPI.

Você pode agendar sua consulta pelo telefone:  (47) 3367-2727

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria.

15 de novembro de 2017

O Hipotireoidismo é a patologia relacionada à tireoide mais comum na infância.
A tireoide é uma glândula, localizada na região anterior do pescoço, é responsável pela produção dos hormônios T3 e T4, essenciais para várias funções do organismo. O hipotireoidismo acontece quando ela não consegue trabalhar o suficiente.
O hipotireoidismo congênito é um mal hereditário que impossibilita o organismo de gerar o hormônio tireoidiano T4, impedindo o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido, sendo a causa mais comum de retardo mental.
É possível diagnosticar a doença e iniciar o tratamento evitando suas consequências. Porém é preciso que seja feito na primeira semana de nascimento, por isso, a realização do Teste do Pezinho é fundamental. A triagem neonatal detecta o hipotireoidismo congênito . No Brasil, o Teste do Pezinho é obrigatório e em estados, como Santa Catarina, a abrangência é de 100% dos nascidos.
A cura inclui administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom e tenha uma vida normal. Cerca de um a cada 4.000 recém-nascidos possuem esse distúrbio. (fonte: SBEM)

O Dr. Paulo R.F. do Nascimento é Endocrinologista Pediátrico na CLIPI.
Você pode agendar sua consulta por:
Telefone: (47) 3367-2727 | Piso Superior
WhatsApp: (47) 9 8485-2727

22 de outubro de 2017

Na gravidez ocorrem várias mudanças metabólicas e hormonais. Uma delas é o aumento da produção de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar – ou até mesmo bloquear – a ação da insulina materna.
Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o próprio corpo compensa este desequilíbrio, aumentando a fabricação de insulina. Entretanto, nem todas as mulheres reagem desta maneira e algumas delas desenvolvem as elevações glicêmicas características do diabetes gestacional.

Por isso, é tão importante detectar o distúrbio, o mais cedo possível, para preservar a saúde da mãe e do bebê. O tratamento do diabetes gestacional tem por objetivo diminuir a taxa de macrossomia – os grandes bebês, filhos de mães diabéticas – evitar a queda do açúcar do sangue do bebê ao nascer e diminuir a incidência da cesariana.
Para a mãe, além de aumento do risco de cesariana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente pode ser detectado pelo aparecimento de um inocente inchaço das pernas, mas que pode evoluir para a eclampsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.

Diante de tantos riscos potenciais, é essencial que as futuras mamães façam exames para checar a taxa de açúcar no sangue durante o pré-natal. As grávidas devem fazer o rastreamento do diabetes entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
Mulheres que integram o grupo de risco do diabetes devem fazer o teste de tolerância glicêmica, antes, a partir da 12ª semana de gestação. Os exames são fundamentais para um diagnóstico preciso, porque os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez. Muitos sintomas se confundem com os da própria gestação, como vontade de urinar a todo o momento, sensação de fraqueza e aumento do apetite.

Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20-40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos. Além das complicações no pós-parto imediato, estudos demonstraram que os fetos macrossômicos, têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e diabetes durante a adolescência, por isso, os cuidados com a alimentação prosseguem após o parto, para mãe e filho.
http://guiadobebe.uol.com.br/diabetes-gestacional/

30 de janeiro de 2017

O “Diabetes melito” é uma doença na qual o nível de um açúcar, chamado glicose, está alto no sangue. Isso ocorre pela deficiência de insulina, uma substância (hormônio) produzida pelo pâncreas. A principal função da insulina é fazer com que o açúcar proveniente dos alimentos possa entrar nas células e seja transformado em energia. No diabetes, o açúcar absorvido não consegue entrar nas células devido a falta de insulina. Sem poder entra nas células, o açúcar aumenta sua quantidade no sangue causando a hiperglicemia (glicose elevada no sangue), que é a principal manifestação da doença.

O diabetes que mais acomete crianças e adolescentes é o do tipo 1. Este tipo, é uma doença autoimune causada pela produção de anticorpos que levam a destruição das células do pâncreas que produzem insulina. Por isso, a pessoa portadora desse tipo de diabetes necessita do uso de insulina para mantê-lo controlado. O “diabetes melito” tipo 2 é mais frequente em adultos acima de 35-40 anos.  Mas, recentemente, tem-se observado um aumento do número de adolescentes com esse tipo de diabetes devido a crescente prevalência de obesidade nessa faixa etária. No diabetes melito tipo 2 a produção de insulina está presente, mas é incapaz de manter a glicemia normal.

Quando o açúcar não pode entrar nas células devido a falta de insulina, vai aumentando sua quantidade no sangue (hiperglicemia) até chegar a um ponto em que o excesso tem de ser colocado para fora pela urina. Isso faz com que a pessoa passe a urinar várias vezes ao dia e em grande quantidade. Para compensar essa perda de água pela urina, a sede aumenta e a pessoa passa a beber mais água. Como as células não podem usar o açúcar, o organismo tem de usar gordura em substituição a glicose, o que leva a perda de peso. Então, as principais manifestações que fazem pensar que uma criança ou adolescente tenha diabetes são: muita sede, muita fome, perda de peso e aumento da frequência e quantidade de urina.

Fique atento aos sinais e em caso de suspeita procure logo um médico, pois o diagnóstico e o tratamento adequados devem acontecer o mais breve possível.

O Dr. Paulo Roberto F. do Nascimento é Endocrinologista Pediátrico na Clínica Clipi.

Para agendar consultas ligue 3367-2727 | Piso Superior.

6 de janeiro de 2017

 

Classicamente, o início da puberdade deve ocorrer entre 8 e 13 anos, nas meninas, e no período que vai dos 9 aos 14 anos nos meninos. A puberdades que se inicia, em meninas antes dos 8 anos ou em meninos antes dos 9 anos, é considerada precoce, requerendo investigação e, se necessário tratamento.

O desajuste entre a maturação física e a psicológica é apenas um dos prejuízos impostos pela puberdade precoce. O fato é que há uma tendência secular do amadurecimento sexual cada vez mais cedo e a maior incidência está entre as meninas. Atualmente, a obesidade se destaca como fator de risco, principalmente para as meninas, porque o tecido gorduroso secreta hormônio feminino, podendo resultar no amadurecimento puberal antecipado. Portanto, o aparecimento da glândula mamária em meninas, e o aumento do volume testicular nos meninos, assim como pelos pubianos, ou odor axilar em ambos os sexos, exige uma consulta especializada.

O Dr. Paulo R. F. do Nascimento é o Endocrinologista Pediátrico na Clipi, esta é a especialidade da pediatria responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento das doenças relacionadas às alterações hormonais nessas faixas etárias.

Para agendar uma consulta ligue: (47) 3367-2727.

Clipi – Clínica Pediátrica Integrada e Centro de Vacinas: Rua Francisco Manoel de Souza, 129 Pioneiros | Balneário Camboriú – SC

31 de agosto de 2016

Um vilão que pode entrar disfarçado na sua casa!

Nenhuma criança entre 2 e 18 anos deve consumir mais de 25g de açúcar, o equivalente a 6 colheres de chá ou 100 kcal adicionados nos alimentos por dia. O alerta foi feito na última semana pela Associação Americana de Cardiologia para pais e responsáveis.

No caso das bebidas açucaradas como refrigerantes, sucos, chás e isotônicos, o consumo máximo é de até 350 ml, ou seja, menos de uma latinha. Para os pequenos abaixo de 2 anos, no entanto, a recomendação é mais radical: zero açúcar adicionado!

E todo esse barulho não é sem motivo. O consumo exagerado de açúcar pode desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, cárie, entre outras doenças crônicas, por isso é preciso ficar muito atento.

Atenção também na hora de escolher os produtos que entram no carrinho do supermercado. Bolachas, iogurtes, leite achocolatado, papinhas, macarrão instantâneo podem virar vilões.  Pois nem sempre o açúcar vem com este nome, muitas vezes vem disfarçado, veja outros nomes do vilão:

Dextrose

xarope de milho

açúcar mascavo, açúcar demerara

frutose

açúcar invertido

maltose

dextrose

sacarose

maple syrup

cana de açúcar

melado

maltodextrina

suco de fruta concentrado

suco de maçã

O ideal mesmo é que na dieta das crianças haja sempre um maior consumo de frutas ao natural e vegetais frescos, assim como cereais e grãos integrais e não processados.

 

fonte: http://www.paisefilhos.com.br/familia/criancas-nao-devem-consumir-mais-do-25g-de-acucar-por-dia/

13 de julho de 2016

Hipoglicemia significa “pouco açúcar” ou baixo nível de glicose no sangue.

Quando um bebê fica hipoglicêmico, e o problema não é tratado, ele pode ter complicações de saúde – assim como qualquer pessoa. Cada célula do corpo precisa de um suprimento de açúcar (a glicose) para funcionar.

Os níveis de açúcar no sangue são regulados por hormônios, e o mais importante deles é a insulina. Quando tudo funciona direito, os hormônios do bebê mantêm os índices de açúcar equilibrados.

A maioria dos bebês nascidos a termo e não prematuros costuma ter esses níveis saudáveis e consegue compensar com facilidade as quedas normais no nível de açúcar no sangue.

Mas se o nível de glicose no sangue fica abaixo do recomendável, o bebê pode ficar apático, molinho, sonolento, com tremores nas extremidades, e corre o risco de ter convulsões. Se a glicose no sangue permanece baixa por muito tempo, podem ocorrer até lesões cerebrais.

Recém-nascidos saudáveis fabricam glicose a partir dos nutrientes presentes no leite. Logo depois de mamar, os níveis de glicose do bebê sobem, mas voltam a cair à medida que se aproxima a hora da mamada seguinte. É um processo delicado, porém eficiente para grande parte dos bebês.

Alguns bebês, no entanto, correm maior risco de apresentar hipoglicemia. São eles:

Bebês prematuros e que nasceram com baixo peso para a idade gestacional..

Bebês de mães diabéticas.

Bebês que tiveram dificuldade respiratória logo depois do parto.

Bebês que sofreram de hipotermia (baixa temperatura do corpo).

Bebês com alguma infecção

A amamentação exclusiva é a melhor maneira de combater a hipoglicemia, porque, além de todos os benefícios e nutrientes do leite materno, o contato pele a pele ajuda a manter o bebê aquecido.

Às vezes a preferência médica para elevar o nível de açúcar no sangue de um recém-nascido hipoglicêmico é dar fórmula artificial de leite ou água com açúcar. São medidas que realmente corrigem rápido a hipoglicemia, mas também têm desvantagens:

Se o bebê receber uma quantidade de fórmula muito grande, o estômago dele ficará distendido e ele “esperará” o mesmo volume quando mamar no peito, o que pode não acontecer, já que a fabricação de leite materno ainda está se estabelecendo.

Se o bebê tomar muita fórmula, pode ficar sonolento e perder o interesse pelo seio por algum tempo.

A mãe pode ficar com a impressão errônea de que o leite dela não é o melhor alimento para o bebê.

Se o bebê receber mamadeira antes de aprender a fazer a “pega” correta no seio, ele pode ter dificuldade para mamar no peito.

Consulte seu pediatra em qualquer dúvida para garantir um desenvolvimento saudável do seu bebê!

Fonte: http://brasil.babycenter.com/

6 de junho de 2016

O ICD (Instituto da Criança com Diabetes), com apoio da Lilly, desenvolveu um programa de educação em Diabetes Tipo 1 – PED1, para orientar os pacientes e familiares. O Objetivo é facilitar o controle da doença, a automonitorização e reduzir hospitalizações dos pacientes. São 15 videoaulas, basta acessar o link abaixo, se cadastrar e aproveitar o conteúdo:

http://www.educacaodiabetestipo1.com.br/modulos/72/doencas-nao-comunicaveis

10 de março de 2016

É preciso engajamento da família e muita criatividade.

Mudança nos hábitos alimentares preocupa Ministério da Saúde. Pesquisa inédita que mediu peso e pressão arterial dos brasileiros alerta que mais da metade da população está acima do peso e uma em cada quatro mulheres são obesas.

O consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura começa cedo no Brasil. Estudo do Ministério da Saúde revelou que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou suco artificial. Além das mudanças nos hábitos alimentares na infância, os dados alertam para os crescentes índices de excesso de peso e obesidade em adultos.

O excesso de peso é um problema grave, porque é um fator de risco para doenças do coração e outros problemas crônicos. É fundamental trabalharmos o incentivo a prática de exercícios e alimentação saudável desde cedo com as nossas crianças para reverter esse quadro. As crianças, muitas vezes, ajudam na conscientização e mudança de hábito dos pais.

Como melhorar a alimentação da criança?

Evite comprar e estocar alimentos industrializados, que são açucarados ou gordurosos, como bolachas, salgadinhos, refeições pré-preparadas, etc;

Deixe a disposição da criança grande variedade de frutas e legumes, dando preferência às frutas cítricas e aos vegetais comidos crus;

Os vegetais que necessitam ser cozidos devem ser preparados ao vapor, com o mínimo de sal e azeite;

Não ofereça refrigerantes e sucos industrializados, dê preferência à água e sucos naturais;

Tenha um prato de tamanho adequado para a criança, pois um prato muito grande induz ao consumo de quantidade de comida;

Use criatividade no preparo e na forma de arrumar os alimentos no prato;

Evitar que a criança fique distraída durante a refeição, não deixando que veja televisão ou utilize jogos;

Estimule a atividade física da criança, você adotar algumas estratégias simples como:

Envolver a criança nas tarefas domésticas como jardinagem, lavar o carro ou a limpeza da casa;

Andar a pé ou de bicicleta quando o percurso é curto, por exemplo, ir à padaria ou farmácia; em vez de pegar o carro ou ônibus;

Incluir caminhadas ou passeios de bicicleta ao ar livre, perto de casa ou em parques nos finais de semana;

Reduzir o tempo que a criança pode assistir televisão, jogar no computador, tablet, celular ou videogame para 1 hora por dia, no máximo;

Participe das atividades e brincadeiras que a criança gosta de fazer como chutar à bola, jogar basquete ou brincar ao pega-pega;

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/19289-mais-de-30-das-criancas-consomem-refrigerante-antes-dos-2-anos

13 de novembro de 2015

Sim,

mas geralmente Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1).

Crianças e adolescentes são a faixa etária mais afetada pela DM1, sendo esta uma das doenças crônicas mais comuns da infância.

Quais são os sintomas de Diabetes?

A criança com DM1:

tem muita fome, come muito e, apesar disso, emagrece ou não ganha peso.

tem muita sede.

urina com frequência e em grande quantidade (inclusive durante a noite).

queixa-se de visão embaçada.

sente-se fraca ou sem disposição para realizar as atividades diárias.

O que acontece no organismo de uma criança com DM1?

Em pessoas sem diabetes, o açúcar de uma refeição rica em carboidratos (arroz, massas, doces, leite, frutas) é convertido em glicose no intestino. A glicose é então absorvida para o sangue.

A partir do sangue, a glicose deve ser transportada para dentro das células para fornecer-lhes energia. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é o transportador da glicose do sangue para dentro das células.

Em crianças com DM-1, o pâncreas não consegue produzir insulina, portanto, a glicose não pode entrar nas células para fornecer-lhes energia e a taxa de glicose torna-se muito elevada no sangue (hiperglicemia).

Não se sabe exatamente o motivo que leva algumas crianças a pararem de produzir insulina, mas sabe-se que há uma tendência hereditária associada a algum agravo ambiental como, por exemplo, uma infecção viral. Neste caso, é possível que o corpo, na tentativa de eliminar o vírus, cometa um erro e comece a destruir suas próprias células que no caso são as células do pâncreas produtoras de insulina. Isto caracteriza uma doença auto imune (o corpo destruindo suas próprias células). Diabetes tipo 1 é uma doença auto imune.

Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em adolescentes

DM2 acomete geralmente adultos, mas pode ocorrer em adolescentes obesos. Neste caso, o adolescente é capaz de produzir insulina, mas a obesidade provoca uma resistência das células à ação da insulina, isto é, a insulina é ineficiente em transportar a glicose para dentro das células e esta se acumula no sangue causando hiperglicemia.

Os sintomas do DM2 podem ser menos perceptíveis mas também incluem sede, urina freqüente em grande quantidade, falta de energia.

A criança diabética precisa de cuidados, mas não é diferente das outras crianças.

A criança diabética pode levar uma vida semelhante à das crianças sem diabetes. Quando adultos, serão perfeitamente capazes de ter uma vida normal e produtiva, como é evidenciado por atletas, artistas e músicos famosos que têm diabetes.

Entretanto, se o açúcar do sangue não for mantido em níveis próximos aos normais ao longo dos anos, a criança diabética terá maior risco de ter complicações de longo prazo que acabam por afetar os olhos, rins, coração e sistema nervoso. Seu crescimento na puberdade também poderá ser prejudicado. Portanto, diabetes requer uma vida de disciplina, monitormento e tratamento constantes, mas não impede que a criança seja feliz!

Fonte: http://www.einstein.br/Hospital/pediatria/nossos-servicos/Paginas/diabetes-infantil.aspx