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Resistente e adaptável, a espécie está no centro da atual epidemia de zika, além de ser vetor de contágio da dengue, das febres chikungunya e amarela e outras enfermidades mais raras.
Considerado uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), o Aedes aegypti – nome que significa “odioso do Egito” – é combatido no país desde o início do século passado.
Por ser um mosquito que vive perto do homem, sua presença é mais comum em áreas urbanas e a infestação é mais intensa em regiões com alta densidade populacional – principalmente, em espaços urbanos com ocupação desordenada, onde as fêmeas têm mais oportunidades para alimentação e dispõem de mais criadouros para desovar. A infestação do mosquito é sempre mais intensa no verão, em função da elevação da temperatura e da intensificação de chuvas – fatores que propiciam a eclosão de ovos do mosquito. Para evitar esta situação, é preciso adotar medidas permanentes para o controle do vetor, durante todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos do vetor. Como o mosquito tem hábitos domésticos, essa ação depende, sobretudo do empenho da população.
Principais criadouros
Pesquisas realizadas em campo indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem A. aegypti e, portanto, os mais perigosos. Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. O alerta é para que os cuidados com os reservatórios de maior porte sejam redobrados, pois é neles que o mosquito seguramente encontra melhores condições para se desenvolver de ovo a adulto. Em alguns bairros suburbanos do Estado do Rio de Janeiro, estes grandes criadouros produzem quase 70% do total de mosquitos adultos.
Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana: assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.
Veja como você pode ajudar no combate a proliferação do mosquito:
– Mantenha caixas ou barris de água fechados com tampa adequada;
– Não deixe água da chuva acumulada sobre a laje;
– Elimine folhas, galhos, e qualquer obstáculo que possa impedir a água de fluir pelas calhas;
– Encha de areia até a borda os pratos dos vasos de plantas;
– Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo;
– Não deixe pneus expostos com água no interior;
– Coloque o lixo em sacos plásticos fechados;
– Lave com sabão e escovas o interior dos tanques utilizados para armazenar água;
– Use repelentes à base de DEET em áreas de risco de dengue;
– Coloque telas de proteção nas portas e janelas;
– Use mosquiteiros.